Assim como acontece em terras brasileiras, a mandioca e vegetais como o milho e inhame são as bases da culinária africana. Atento a essa característica, Paulo Maurício, do Ilê, oferece uma entrada inspirada no continente: blinis de beiju com pimenta-biquinho e carne seca acebolada (R$ 32). A carne seca africana é chamada de biltong e, diferentemente de como consumimos no Brasil, vem à mesa em tiras mais grossas, que são marinadas em vinagre e sal antes de serem expostas para secar.

Dando continuidade ao menu temático que homenageia o continente, o chef sugere a caldeirada de frutos do mar (camarão, lula, polvo, lagosta, pescada amarela e mexilhões) ao leite de coco e azeite de dendê acompanhada por arroz, pirão e farofa guarnecidos à vontade por R$ 155. “Em algumas regiões africanas, como a Cidade do Cabo, que fica ao sul do continente, frutos do mar e outras iguarias são consumidas aos montes por conta de influências europeias e indianas”, explica Paulo Maurício.

O coco volta a marcar presença na sobremesa: bolo de mandioca (R$ 16) servido na cama de coco ralado, que pode vir com calda de chocolate. “O coco é um produto amplamente utilizado no continente, de onde, aliás, o Brasil importou a tradição de leite de coco”, continua o chef.

Em casa
O nome do restaurante, Ilê, significa “casa” na língua nativa africana Iorubá. “É um idioma falado por mais de 50 milhões de pessoas de tem origem nigero-congolesa”, acrescenta Paulo.