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26/DEZ/2024

Favas contadas: Confira as dicas de gastronomia de Liana Sabo

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Liana Sabo Publicação:14/08/2015 06:00

O corte perfeito

 (Breno Fortes/CB/D.A Press)
A bola vermelha da logomarca, semelhante ao Sol da bandeira japonesa, não deixa dúvidas sobre o tipo de cozinha que pratica a grife Soho, surgida em Salvador. Quatro anos depois de se instalar em Brasília, no Pontão do Lago Sul, o restaurante de culinária nipônica deu filhote. Ele nasceu no CasaPark, onde ocupa numa lateral à esquerda da entrada principal, espaço concebido por Sérgio Parada, o arquiteto que assina o projeto de revitalização do shopping.


A ida da marca baiana-brasiliense para o novo bairro da cidade, chamado Park Sul, faz parte de um plano para incrementar a gastronomia, diz Ivana Valença, diretora-executiva e uma das sócias-proprietárias, filha do fundador do shopping, onde existem Saborella, Tête à Tête Café, Carpe Diem, Marietta, Marvin e Empada Brasil. Ainda estão previstas uma casa de massas e outra de pães, “com entrada independente para que o consumidor possa comprar o seu pãozinho cedo pela manhã, antes de as lojas abrirem”, promete Ivana.


Para Sergio Parada, o conceito de restaurante com mesas no passadiço e vegetação natural está mais para rua que para shopping. “Até sol e chuva podem ser sentidos nas áreas abertas”, observa o arquiteto, que usou aço cortain e vidro no teto com proteção solar. Bonito mobiliário foi criado especialmente pelo designer Zanini de Zanine.

Opção no executivo

Não há tanta variedade de pratos como a preparada na matriz, cujo cardápio tem 180 itens. O destaque do menu do novo Soho é o almoço executivo, aponta Claudia Melo, que tomou para si a instalação da casa, enquanto o outro sócio Marcelo Ramos continuará no Pontão. Servido de segunda a sexta (das 12h às 15h), o executivo tem preços diferenciados, mas qualquer prato dá direito a uma entrada (entre ceviche, sohomaki de camarão, tataki misto e hot roll) e uma sobremesa, que pode ser o abacaxi com raspa de limão ou a torta de chocolate com creme de leite.


 (Felipe Menezes/Divulgaçao)
O rol de pratos principais inclui salmão grelhado com yakimeshi e legumes (R$ 48,90), camarão com cream cheese e parmesão gratinado (R$ 47,90), robalo com legumes (R$ 52,90) e gyukatsu (filé-migon à milanesa por R$ 44,90), além de dois combinados sushi/sashimi e um yakissoba, macarrão japonês frito com filé, frango e legumes por R$ 42,90.

Aroma trufado

São as especialidades do chef que mais aguçam o paladar, como a de salmão com raspa de limão-siciliano, shoyu, azeite trufado e batata palha feita de batata-doce — um requinte! O prato de R$ 39,90 já rivaliza as preferências com o sashimi de atum selado na chapa com gergelim, shoyu, mostarda dijon, geleia de frutas vermelhas e cebolinha.


Todo o cardápio é executado pelo cearense Edson Gonçalves, sushiman-chef da rede. Ele até se permite cream cheese em muitas preparações, mas não vi nenhuma manga, tampouco abacate, nem banana. O atum é fresco e o salmão se derrete na boca, como deve ser a comida japonesa que Edson aprendeu com alguns mestres — entre eles Shundi Kobayashi, com quem trabalhou no meteórico Shundi, na 408 Sul.


Os enrolados estão bem equilibrados e há um que surpreende: o Couve Soho, enrolado de salmão e arroz com cream cheese, couve frita e geleia rubra por R$ 23. Há poucos pratos quentes — apenas sete —, afinal a pegada mais forte da casa é mesmo a cozinha fria dos peixes crus, vertente culinária que encanta cada vez mais o brasiliense não só pelo sabor. Comida de baixas calorias, o sushi/sashimi tem quantidade moderada de carboidratos e muitas vitaminas. Além de os pratos serem vistosos, parecem concebidos por artistas, designers e decoradores, uma população que fez do CasaPark a sua casa.

O time dos melhores vinhos

Como no futebol, um escrete de 11 amantes do vinho, (sommeliers e jornalistas, entre os quais, a colunista) degustou às cegas 39 amostras para eleger 11 rótulos apresentados como a Seleção 2015 de vinhos brasileiros, atração da Vinum Brasilis, evento realizado no Iesb dento do 27º Congresso Nacional da Abrasel.

 

Participaram da competição 15 vinícolas responsáveis pela produção distribuída em 14 espumantes, seis vinhos brancos e 19 tintos. Confira os convocados:

Lenda viva

A oitava edição do Vinum Brasilis trouxe a Brasília o gaúcho Vilmar Bettú, professor de física e engenheiro mecâneico, (foto), produtor dos melhores vinhos artesanais do Brasil. Bettú, que jamais se afasta de seu rincão em Garibaldi, veio por insistência do curador da mostra Eugênio Oliveira.


 (Jandher Ernane/Divulgação)
“Ninguém apresenta meus vinhos, só eu”, resumiu o mítico produtor, em torno de quem não faltam histórias, como o hábito de receber jornalistas para provar o seu vinho só depois das 23h30. Eu estive lá e a degustação se deu no porão, onde tínhamos de falar baixo porque a família dormia no andar de cima.


Os vinhos de Bettú são feitos com uvas produzidas exclusivamente por ele, mediante rigoroso cuidado com os vinhedos e criteriosa seleção. “Alguns cortes, ele não revela nem sob tortura e há castas de nomes tão esquisitos como a salarina”, observa o curador, que divide a tarefa com Antônio Coêlho, responsáveis pelo site Decantando a vida.


Produtor à moda antiga, Eduardo Zenker, famoso pelo vinho Suvaco de Anjo, encantou os visitantes da feira criada por Petrus Elesbão, com os goles da bebida mais natural do mundo, depois da água. Ele trouxe o Sui generis brasilis e Alter ego Chardonnay, enquanto os destaques de Bettú foram Corte Bordalês D 2002, Merlot 2006 e Nebbiolo 2014.

Novidades portenhas

Fiel à fama de festeira, Renata Carvalho ataca outra vez. Nesta quarta, lançará em seu Ancho Bistrô de Fogo (306 Sul), o Milonga no Ancho, com dança e comidinhas a partir de R$ 10. Antepastos, espetos e sanduíches estão no cardápio. Telefone 3244-7125.

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