Brasília-DF,
26/ABR/2024

Série sobre cinco prostitutas de Copacabana ganha torcida dos fãs

Garotas de programa da ficção são compreendidas pelo público graças à maquiagem romântica dada pelos autores, que se preocupam em humanizar as personagens

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Publicação:27/10/2013 06:02Atualização:25/10/2013 13:29
Elenco da série do Multishow Uma rua sem vergonha, que aborda o mercado do sexo em Copacabana (Multishow/Divulgação)
Elenco da série do Multishow Uma rua sem vergonha, que aborda o mercado do sexo em Copacabana


A “profissão mais antiga do mundo” é também bastante popular nas novelas. É comum prostitutas se tornarem foco da torcida de quem acompanha a teledramaturgia. Atualmente, Carlos Lombardi pretende abordar o comércio do sexo de alto escalão em Pecado mortal, através do papel de Mel Lisboa. Mas personagens com esse perfil de outras épocas continuam marcantes. Mais de 13 anos depois da estreia de Laços de família, Capitu, garota de programa de luxo interpretada por Giovanna Antonelli na trama de Manoel Carlos, ainda é bastante lembrada. Assim como Bebel, vivida por Camila Pitanga em Paraíso tropical, de 2007. Até quando a produção é exibida mais cedo, elas estão presentes com frequência. Como aconteceu em Força de um desejo, de 1999. No folhetim, Ester Delamare, de Malu Mader, era uma prostituta discreta. “São pessoas, no geral, mais imaginadas do que conhecidas. A curiosidade do público gera essa atração por um mundo que não é acessível para a maior parte das pessoas”, acredita Lombardi.

Mesmo que não sejam muito aceitas na sociedade brasileira, na ficção as garotas de programa costumam cair nas graças do público. Muito pelo romantismo com que esse universo é retratado na tela. E também pelas características de heroína que as personagens apresentam, já que, volta e meia, são mulheres batalhadoras e que se apaixonam verdadeiramente por um mocinho. “Há uma preocupação dos autores em humanizar a prostituta. Com isso, eles mostram que existe um outro lado na vida das garotas de programa. As pessoas percebem isso e ‘perdoam’”, acredita Leandro Assis, roteirista de Uma rua sem vergonha, série do Multishow que mostra a rotina de cinco prostitutas de Copacabana, bairro turístico do Rio de Janeiro também bastante conhecido por seu mercado do sexo.

Mas, para alguns autores, não é a profissão que define a boa aceitação ou não de um personagem. E sim a construção de seu perfil psicológico. Geralmente, prostitutas são mulheres esforçadas, que sofrem injustiças dentro da trama e, às vezes, ainda carregam tons de comédia. “É por esse perfil que o público escolhe por quem torcer, quem amar, quem odiar. Se uma personagem prostituta não tiver bom caráter e se revelar vilã, duvido muito que o telespectador torça por ela”, defende Silvio de Abreu.

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