Reality show de competição entre drag queens chega a 6ª temporada
"RuPaul's drag race" já recebeu duas indicações em anos consecutivos ao Critic's choice award

Na última semana estreou a sexta temporada do reality show mais excêntrico da tevê. O RuPaul’s drag race é uma competição de drag queens em busca da fama, contratos e U$ 100 mil oferecidos pelo programa. No ar desde 2008, o sucesso da atração é tamanho que rendeu até duas indicações em anos consecutivos ao Critic’s choice award.
O bom humor começa no slogan da atração. A procura pela “próxima drag superstar americana” é uma alusão clara ao reality de moda America’s next top model (ANTM). À primeira vista, o drag race pode ser entendido como uma paródia do programa apresentado pela modelo Tyra Banks, mas, na prática, ele acaba sendo um apanhado bem-humorado dos shows de moda que já foram transmitidos.
Nele, as drag queens devem saber ser top models como no ANTM e estilistas como no Project Runway. Carisma, originalidade e talento são alguns quesitos essenciais para a performance das candidatas. A apresentação de RuPaul, 53 anos, famosa nos EUA desde os anos 1990, é carregada de um tom dramático e politicamente incorreto.
RuPaul é dona de contratos milionários com grandes marcas de cosméticos, já participou de 22 longas-metragens e possui seis discos na carreira. O último, Born naked, lançado no dia 24, junto com a estreia da sexta temporada de RuPaul’s drag race, é o primeiro colocado no iTunes.
No Brasil, o mercado de drags não tem tanto aparato como o norte-americano. A transformista de maior reconhecimento nacional, Silvetty Montilla, está há 27 anos na noite paulista e possui algumas semelhanças com RuPaul. Ambas começaram como dançarinas, abusam do humor e se aventuraram em outros ramos artísticos.
Questionada se aceitaria ser a RuPaul brasileira em uma versão nacional do programa, Silvetty não tem dúvidas: “Toparia com certeza! Adoro o trabalho dela e assisto ao reality. Se alguma emissora daqui tentasse produzir, seria um estouro. Pena que aqui no Brasil as pessoas têm a cabeça muito fechada”, conclui.