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26/ABR/2024

Produções televisivas abordam o mundo da música

De dramas a documentários indicados ao Oscar, os shows musicais também dominam a tevê

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Publicação:31/01/2016 06:10

Sexo&Drogas& Rock%u2019n%u2019roll fez tanto sucesso nos EUA que já garantiu a segunda temporada
Sexo&Drogas& Rock%u2019n%u2019roll fez tanto sucesso nos EUA que já garantiu a segunda temporada

Sexo, drogas e rock’n’roll. Desde a década de 1960, o estilo de vida dos astros da música fascina o público. Neste ano, a televisão receberá produções que se emergem nos bastidores da indústria fonográfica e nos dramas que fazem parte do cotidiano de quem vive de música.

De documentários como Amy ao seriado novelão Nashville, a tevê oferece atrações para todos os gostos. Hoje, estreia no canal FX o seriado Sexo&Drogas&Rock’n’roll, drama ficcional que expõe o submundo do estilo musical conhecido pelos excessos. Denis Leary vive o músico Johnny Rock, vocalista dos The heathens, banda que ganhou status de culto na década de 1990.

O comportamento inconsequente do vocalista causa o término do grupo no dia em que o primeiro álbum dos jovens chega às lojas. Flash (John Corbett, o Adrian de Sex and the city), guitarrista principal da banda e melhor amigo de Rock, não perdoa o cantor pelo fim da banda. A dinâmica tensa entre os dois músicos é um dos pontos fortes da produção; ao mesmo tempo que as feridas do passado ainda estão latentes, a química entre vocalista e guitarrista é inegável.

A série começa 25 anos após o fim dos The heathens, quando Gigi, filha bastarda de Rock, o procura pela primeira vez. A novata Elizabeth Gillies tem o carisma necessário para fazer da jovem ambiciosa uma personagem carismática e interessante. Nos primeiros episódios do seriado, a natureza feroz e a falta de escrúpulos de Gigi são estabelecidas, em contraste com o comportamento infantilizado e inconsequente do velho roqueiro.

Sexo&Drogas&Rock’n’roll estreou com bons números nos Estados Unidos e já garantiu uma segunda temporada. Muito do sucesso se deve ao talento de Leary, que, além de protagonizar a série, é um dos produtores executivos. O comediante tem uma carreira extensiva, com passagens pela tevê e uma série de stand ups bem-sucedidos. Para quem é fã do gênero, o seriado é imperdível.

 

Serviço
FX. Estreia hoje, às 23h30.

 

Musical teen

 

 

A novela musical Gaby Estrella, produzida pela Globo e exibida no Gloob, conta a história de uma menina rica da cidade grande que é obrigada a se mudar para a fazenda da avó quando a mãe recebe uma proposta de trabalho irrecusável nos Estados Unidos. É o talento para a música que faz com que a transição seja mais fácil para a adolescente.

Modelada a partir de séries como Hanna Montana e iCarly, a produção ainda faz sucesso entre pré-adolescentes e chegou a ser transmitida fora do país. Atualmente, o canal reprisa as aventuras de Gaby Estrella e companhia. Os números musicais são empolgantes e, apesar do tom didático, os episódios divertem o público-alvo.


Maitê Padilha, que deu vida à protagonista da novela, continua a investir na carreira musical e está no ar como repórter especial do programa The voice kids.

 

Serviço
Gloob. Segunda a sexta, às 9h e às 20h.


Por trás do delineador

Amy Winehouse é uma das cantoras mais marcantes dos últimos 20 anos. Com o álbum Back to black, a britânica entrou no hall de maiores vocalistas de soul e do R&B. Com sucessos como Tears dry on their on, Rehab e You know I’m no good, Amy transformou um romance caótico e o histórico de vícios em música da mais alta qualidade.

 

 

Amanhã, o documentário indicado ao Oscar Amy passará a fazer parte do catálogo da Netflix brasileira. A produção explora a trajetória da cantora desde os tempos da adolescência até os últimos dias de vida, marcados pelo caos e sofrimento. Em duas horas, o premiado diretor Asif Kapadia reúne vídeos caseiros, entrevistas com familiares e colegas da cantora e faixas inéditas ao público.

A rápida ascensão à fama e a morte prematura aos 27 anos envolveram a artista em uma aura mística que é dissecada de maneira sensível e minuciosa durante o documentário. Kapadia questiona a maneira como o comportamento autodestrutivo da britânica foi abordada por tabloides e pela própria família de Amy.

A produção tem sido amplamente premiada e figura entre os favoritos na corrida pelo Oscar. Para Kapadia, o documentário não é sobre Amy, mas sobre como ela foi tratada durante a vida. “É sobre nós, sobre como tratamos as pessoas. Nós as elevamos e depois as destruímos. Foi uma maneira de fazer o público pensar na nossa complacência. Quando olhamos agora, ela era apenas uma criança fazendo idiotices”, afirmou o cineasta ao jornal The Guardian.

Serviço
Netflix. A partir de amanhã.

Dramalhão sertanejo

 

 

Para quem não curte a vida de excessos dos astros de rock, mas se interessa por produções sobre o mundo da música, Nashville é uma ótima pedida. A série transmitida pelo canal Sony conta a história da rainha do country Rayna Jaymes, interpretada pela ótima Connie Britton (Friday night lights). A série começa em um momento crítico da carreira de Rayna, com shows vazios e um álbum com vendas baixas, a artista é forçada a dividir os palcos com Juliette Barnes (Hayden Panettiere), jovem cantora que mistura country e pop.

As protagonistas são o maior apelo da série — Hayden e Connie trazem vida aos conflitos geracionais das cantoras, além de retratarem com primazia as inseguranças de quem vive sob os holofotes. O seriado segue a tradição de dramas americanos com um gosto de novela mexicana —Revenge, How to get away with murder e Scandal também fazem parte deste grupo.

Serviço
Sony. Episódios inéditos às segundas, às 21h30. Primeira temporada, de segunda a sexta às 14h.

Barulinho bom

 

No Canal Brasil, as quintas são reservadas para música e bom papo. Às 21h30, o cantor e compositor Moska recebe uma personalidade da música popular brasileira no programa Zoombido. Há mais de dez anos no ar, a produção se destaca pelo formato único, no qual os convidados não são apenas entrevistados, mas também compõem ao lado do apresentador uma nova canção.

O programa visa destrinchar os caminhos da composição, partindo das ideias que servem como inspiração até o árduo processo de colocar no papel aquilo que está na cabeça do artista. Em cada edição, o convidado interpreta três músicas de autoria própria mais um dueto com Moska.

Já às sextas-feiras, Charles Gavin convida músicos brasileiros a explorar álbuns que marcaram época em O som do vinil. Caetano Veloso, Gilberto Gil, Alceu Valença, Erasmo Carlos, Sidney Magal e tantos outros já passaram pelo programa. Gavin é um ávido conhecedor da história musical do país e consegue guiar o telespectador pelo processo de criação dos álbuns, além de oferecer um contexto histórico e social para as obras abordadas.

No Multishow, o público pode acompanhar shows de grandes nomes da indústria fonográfica no programa Música boa ao vivo. Entrando na terceira temporada, a produção contará com Anitta como nova apresentadora, substituindo o cantor Thiaguinho.

Por noite, três artistas são convidados a subir no palco, resultando em combinações únicas, como Wesley Safadão e NX Zero. As versões inusitadas de canções conhecidas trazem à atração um ar descontraído e impressível — Safadão e a banda Emo apresentaram uma versão única do clássico do rock nacional Tempo perdido, da banda Legião Urbana.

Serviço
Música boa ao vivo. Multishow, sexta, às 23h30.
O som do vinil. Canal Brasil, sexta, às 21h30.
Zoombido. Canal Brasil, quinta, às 21h30.

 

 

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