Coluna Eu Vi destaca as nuances do carnaval brasileiro

Novos carnavais
Não sei se já comentei por aqui, mas sou carioca. Brasília me acolheu e cá estou há anos, feliz, mas ainda carrego sangue do Rio de Janeiro. O desfile das escolas de samba do Rio, por exemplo, me seduz.
Principalmente, porque tive a oportunidade de conhecer a importância das agremiações nas comunidades, o papel social que desempenham. Além de ter a certeza de que poucas coisas emocionam tanto quanto uma bateria de escola de samba ao vivo. (Sim, sei que rola corrupção. E condeno). Ou seja, estarei com os olhos grudados na transmissão. Espero, este ano, que as escolas tenham se sensibilizado com as demandas atuais que pedem igualdade de gênero, por exemplo.
Se vai ter mulher pelada, que tenha rapazes também, ora bolas. Se vai ter “globeleza” pintada e nua, que Gianecchini surja vestido apenas de purpurina. Chega desse machismo enraizado. Audiência para todos os gostos. Toma lá dá cá. Tudo igual. Aproveite e estenda a tolerância que você exerce no carnaval para o resto do ano.
A refletir...
Será que esse desejo tão forte do homem se vestir de mulher no carnaval não esconde algo velado?
Sem noção
Poucas coisas na tevê me amarguram como a figura de Gugu. Desde que o vi dançando como pintinho, ou sei lá o que, não mais o engoli. Figura estranha que nunca me convenceu, nem me entreteu. Na estreia do programa ao vivo, na última semana, ela corroborou minhas impressões ao se meter com o túmulo de Dercy Gonçalves. Tenho certeza, ela o xingou lá de baixo. Com todas as letras que aqui não possa repetir.