Evelyne Brochu volta a atuar na televisão em X Company; leia entrevista com a atriz
A canadense retorna a série no papel da protagonista, Aurora Luft
Adriana Izel
Publicação:18/09/2016 07:00Atualização: 16/09/2016 17:20
Apesar de canadense, a atriz é figura constante em filmes franceses
A atriz Evelyne Brochu tem um currículo bastante diversificado. Ela tem experiência no teatro, no cinema e na televisão. Os admiradores da sétima arte devem reconhecer a artista de longas-metragens como Inch’Allah, em que ela dava vida a Chloe, médica que divide seu tempo entre a Palestina e Israel; e Tom na fazenda, em que interpretou Sarah na história de Tom (Xavier Dolan), um jovem que está em depressão após a morte do namorado.
Na televisão, o maior reconhecimento até então era pela cientista e médica Delphine Cormier, par romântico da personagem Cosima Niehaus (Tatiana Maslany) na série Orphan black, que trata de uma conspiração sobre clones. “Em Orphan black, eles não nos autorizam a falar. Realmente não posso dizer nada”, contou à atriz ao risos em entrevista por telefone ao Correio quando perguntada sobre a trama, que está em processo de gravação da quinta e última temporada.
Apesar de Delphine ser sua personagem mais conhecida na tevê, Evelyne também se destaca na série X Company, do History Channel. O seriado gira em torno de um centro de treinamento secreto localizado no Canadá que prepara espiões para a Segunda Guerra Mundial e se concentra em cinco agentes altamente qualificados.
Ambientada na guerra
O espaço de treinamento e trechos da história são baseados em fatos reais, inclusive, mostram o papel do Canadá no conflito. “Estamos fazendo ficção, mas é inspirada realidade. Então há muito respeito na hora de tratar da história. É uma grande responsabilidade. Acho que o principal desafio é atuar pensando que não estamos em 2016 e se sentir transformado pela era”, revela.
A segunda temporada da trama estreia em 23 de setembro, às 21h, no History Channel. Evelyne volta para dar vida à protagonista Aurora Luft, jornalista fluente em três línguas que apresenta experiência no campo de batalha. A sequência começa com a equipe de agentes em solo francês, durante a ocupação alemã. Mas agora, com dois homens a menos, em meio a grandes riscos e sem conseguir comunicação com o Camp X.
Mulher forte
Em X Company, a canadense interpreta a forte Aurora Luft. “Eu considero a Aurora feminista e também sou. Sempre fico animada com personagens interessantes, como ela”, afirmou a atriz ao Correio. A nova temporada tem exibição toda sexta-feira, às 23h, no History Channel.
Nacionalidade
Por ter atuado em diversos filmes franceses e dominar o idioma, a atriz tem a nacionalidade constantemente confundida. Evelyne não é francesa, mas sim canadense. Nasceu em Quebec, mas foi criada em Montreal.
Reconhecimento
Os dois principais longas com a atriz no elenco lhe renderam indicações a prêmios. Evelyne foi indicada ao Canadian Screen Awards, Genie Awards e Jutra Awards como melhor atriz coadjuvante por Tom na fazenda (foto), onde atuou ao lado de Xavier Dolan, e ainda ao Canadian Screen Awards como melhor atriz por Inch’Allah.
Quem é?
Nome: Évelyne Marie Léa
Cassandre Brochu
Idade: 32 anos
Nascimento: Quebec, Canadá
Duas perguntas // Evelyne Brochu
X Company se passa na Segunda Guerra Mundial. Você percebe uma relação entre o período e o tempo atual?
Acho que essa é uma pergunta muito importante. Tem muitas relações que podem ser feitas. Primeiramente, porque quando eu era criança havia essa responsabilidade entre os países de não repetir essa parte da história novamente. Achei que minha geração nunca fosse ter que se preocupar com esse tipo de coisa. Mas, nós estamos em 2016 e tem várias coisas acontecendo, há muito ódio. Pensei que tudo isso era passado. As pessoas voltaram a estar polarizadas sem nem saber. Isso assusta. Esse é um momento em que precisamos de mais solidariedade. Acho que existe sim uma relação, infelizmente.
Sua personagem na série é bastante forte e há outras mulheres na trama. Para você, qual é a importância dessa representação feminina?
As mulheres estão interpretando personagens que existem na vida real. Não estamos mais sendo reduzidas a figurantes e coadjuvante. Estamos vivendo mulheres que já deveríamos estar vivendo há muito tempo e isso é muito rico. Na série há muitas mulheres relevantes e interessantes. Eu me sinto orgulhosa de interpretar uma personagem forte, não só porque inspira mulheres, mas porque reflete a realidade.