O queridíssimo Nelson Motta me recebeu em casa, em Ipanema, para conversarmos sobre o recém-lançado livro 101 canções que tocaram o Brasil, da editora Sextante. A longa entrevista você pode conferir hoje no caderno Diversão & Arte. Mas, quando o assunto é Nelson Motta, o papo é inesgotável.

 

E o que ele faz por aqui, em um caderno de tevê? Pois além de ser um dos mais respeitados compositores, escritores e produtores do país (que cuidou de Elis, Bethânia, Baden e meio mundo), Nelson mantém estreita relação com a telinha desde a década de 1980. Foi ele quem idealizou, por exemplo, programas icônicos, como Chico e Caetano ou Armação ilimitada.

 

Depois, levou as boas conversas e crônicas musicais para a tevê fechada. Hoje, como o leitor deve lembrar, faz colunas semanais para o Jornal da Globo, às sextas-feiras, sempre exaltando alguma figura cânone da música brasileira ou mundial. Aquela mesma informalidade que vemos na tevê, ele exibe em casa. Rodeado de livros e CDs, Nelson nunca se cansa de falar sobre a longa trajetória, na qual conheceu tudo e todos.

Nesta última semana, foi difícil nos despedirmos da colega de profissão e amiga Lorrane Melo, que faleceu precocemente por conta de um ataque cardíaco. No Correio, Lorrane se destacou como repórter de esportes, entregando um dos mais convidativos textos que já li. Pude conhecê-la ainda antes de encarar a profissão. Na faculdade, descobri aquele sorriso, o abraço e o carinho que, agora, deixam tantas saudades.