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19/ABR/2024

Série 'Oz' chamou atenção por cenas de violência e sexo

O programa é considerado um precursor de 'Prision break' e 'Orange is the new black'

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Vinicius Nader Publicação:04/12/2016 06:12
Os presidiários de Oz organizavam-se em gangues para se enfrentar (Reprodução/Internet)
Os presidiários de Oz organizavam-se em gangues para se enfrentar


A cadeia e o sistema prisional têm rendido boas séries para a televisão. Antes mesmo do estouro de Prision break e de Orange is the new black, Oz mostrava que o filão rendia boas histórias e interpretações viscerais. O seriado foi uma das primeiras produções da HBO exibidas pela tevê aberta brasileira. Os 56 episódios, de cerca de uma hora, divididos em seis temporadas, estiveram na programação do SBT, entre 1997 e 2003.
 
Criada por Tom Fontana, a atração mostrava o dia a dia da prisão de segurança máxima Oswald. Isso incluía cenas de violência (muitas, aliás), drogas, sexo e nudez. Atores como Kirk Acevedo (Miguel Alvarez) e Christopher Meloni (Chris Keller) tiveram cenas de nudez frontal, o que quase inviabilizou que o SBT levasse o programa ao ar. Oz marcou por apresentar, sem pudor nenhum, mortes, vingança, execuções e também por retratar o ódio.
 
O cenário mais visto em Oz era Emerald City, ala experimental onde o diretor Tim MacManus acredita que todos os criminosos, independentemente do delito cometido, tinham recuperação. Por isso, apesar das regras rígidas, Emerald City oferecia mais liberdade aos condenados. O problema é que tanta liberdade acaba favorecendo a formação de gangues que disputam, entre si, o controle do presídio. Agrupados de acordo com religião, raça ou sexualidade, os presos garantem que a penitenciária seja sempre um botijão de gás prestes a explodir.
 
Os principais grupos são: latinos, italianos, arianos, negros, muçulmanos e os outros. É interessante notar que, quando julgavam necessário, os grupos se uniam uns contra os outros ou enfrentavam os guardas e diretores em motins. Como não poderia deixar de ser, há traições nessas facções, que, quando descobertas, são punidas das mais severas formas. Dois recursos unem os episódios e temporadas de Oz. O primeiro deles são os flash backs.
 
É por meio deles que o público conhece sobre o passado do condenado e também pode ver o momento em que o crime é cometido. O segundo é a narração. Todas as histórias são narradas por Augustus Hill, com exceção da última temporada, na qual alguns personagens ocupam o posto.  É nessa narração que estão “lições de moral” dadas em alguns episódios e metáforas interessantes, ligadas, geralmente, à mitologia grega.

Saiba mais
Irmãos
Os atores Dean Winters e Scott William Winters são irmãos na vida real e interpretavam também os irmãos Ryan O’Reilly e Cyril O’Reilly no seriado.

A arte imita a vida
Dois atores de Oz foram presidiários na vida real: Chuck Zito (Chucky Pancamo) e Mums da Schemer (Arnold Jackson, o poeta).

Deu sorte
Foi como o Vernon Schillinger de Oz que o ator J.K. Simmons apareceu para a crítica e para o público. Anos mais tarde, ele ganhou o Oscar de ator coadjuvante por Whiplash.

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