'Crazy ex-girlfriend' é o destaque da coluna Spoiler
A comédia acompanha uma jovem advogada que está infeliz em Nova York e decide mudar de vida ao reencontrar o ex-namorado da adolescência
Adriana Izel
Publicação:15/01/2017 06:10
Falando em comédia...
Nova temporada Renovação em pacote
A loucura cômica de Crazy ex-girlfriend
O humor costuma ter duas formas de funcionar: pela empatia e pelo absurdo. A série Crazy ex-girlfriend (foto) escolheu a segunda. A comédia acompanha a personagem Rebecca Bunch, vivida pela criadora e produtora-executiva Rachel Bloom, uma jovem advogada que está infeliz em Nova York e decide mudar de vida ao reencontrar o ex-namorado da adolescência. Ainda apaixonada por Josh Chan (Vincent Rodriguez III), ao topar com o ex na Big Apple e saber que ele retornaria a cidade natal, West Covina (Califórnia), ela larga tudo para ser feliz ao lado dele.
Quem largaria uma vida estável numa cidade grande para se mudar para uma pequena indo atrás de um ex-namorado da adolescência? Não há palavra melhor para definir o enredo da série como corajoso, por ser tão absurdo. E o mais irônico de tudo é que funciona. A atitude stalker de Rebecca faz a história se tornar extremamente engraçada e, apesar de mostrar uma escolha totalmente machista, em que a mulher larga tudo para se dedicar a um homem que nem sequer gosta dela, o seriado brinca com isso trazendo críticas nas entrelinhas, por exemplo, as formas como cada um lida com os relacionamentos, ao padrão de beleza imposto às mulheres e até sobre sexualidade. Essas brincadeiras saem da mente de duas mulheres: Rachel Bloom — que tem sido comparada a Amy Schumer, Tina Fey e até Lena Dunham (todas mulheres realizadoras na televisão) — e Aline Brosh McKenna (O diabo veste Prada e Vestida pra casar).
Eu precisei apenas de um episódio para me apaixonar por Crazy ex-girlfriend e pela ótima atriz que é Rachel Bloom. Mas admito que é uma linguagem que tem dificuldade de agradar a todos, até por isso a primeira temporada teve um baixo índice de audiência nos Estados Unidos. Um dos principais motivos é o fato de a série ser uma comédia musical. Estão lá diversas canções originais que contam pedaços da história. Outro fator está ligado ao fato de ser um humor totalmente sem noção, aos moldes de Unbreakable Kimmy Schmidt, da Netflix, produzida por Tina Fey. Como disse anteriormente, Crazy ex-girlfriend faz o oposto que Friends e How I met your mother que pescam o espectador pela identificação, a comédia aposta mesmo é na barbaridade. Se você quiser assistir, as duas primeiras temporadas estão disponíveis na Netflix.
Outra atração que usa a empatia para conquistar seu público é Modern family. No ar há oito anos, a produção terá a estreia da oitava temporada no Brasil em 15 de fevereiro, às 19h45, com episódio duplo no canal Fox Life. A sequência terá 22 episódios e mostrará a evolução da família Pritchett-Dunphy-Tucker.
A série nacional Toc’s de Dalila terá a segunda temporada. O anúncio foi feito pelo Multishow, que encomendou 15 episódios para a sequência. A produção é protagonizada pela atriz Heloísa Périssé (foto), que encarna Dalila, uma mulher obcecada por arrumação. Apesar da confirmação, o canal ainda não divulgou quando a produção estreia na emissora. Sabe-se apenas que estará na programação de 2017.
A emissora norte-americana CW anunciou um pacote de renovação envolvendo séries aclamadas pelo público. Entre elas, as produções com temáticas de super-heróis, The Flash, Arrow, DC’s Legends of tomorrow e Supergirl. Além disso, a consagrada Supernatural continuará no ar, além das comédias Jane the virgin e (minha mais nova preferida) Crazy ex-girlfriend, indo na contramão da baixa audiência no canal.