Brasília-DF,
26/ABR/2024

Restaurante Lake's investe em cardápio mais saudável

No Lake's entrou em vigor um menu desenvolvido pela Clínica Ravenna, que, desde agosto, chancela pizzas diet servidas na Santa Pizza

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Liana Sabo Publicação:17/01/2014 06:10Atualização:17/01/2014 08:18

Cebola sem miolo recheada com um refogado de chuchu e shimeji no tomilho e alho acompanha 100g de salmão grelhado (Bruno Peres/CB/D.A Press)
Cebola sem miolo recheada com um refogado de chuchu e shimeji no tomilho e alho acompanha 100g de salmão grelhado

A alta gastronomia ficou mais magra. Só neste mês, dois templos da boa e farta mesa — Universal Diner e Lake’s — se rendem à tendência de menos calorias e passam a oferecer uma opção mais saudável. No primeiro, a chef Mara Alcamim decidiu apostar nas vertentes vegana e sem glúten e participa do Restaurant Week (a 10ª edição começa dia 27) com pratos sem lactose, sem glúten e sem proteína animal.

No Lake’s, entrou nesta quinta-feira (16/1) em vigor um menu desenvolvido pela Clínica Ravenna, que, desde agosto, chancela pizzas diet servidas na Santa Pizza. Agora, a proposta recai numa refeição propriamente dita que “usa os ingredientes já disponíveis no cardápio da casa”, explica a nutricionista Isadora Fadul, da clínica em Salvador, que foi a primeira filial brasileira da marca criada pelo médico argentino Max Ravenna. A próxima parceria será em fevereiro com o restaurante Dalí Camões, com opções em que “não vai faltar bacalhau”, assegura Isadora.

Encontro com a saúde

O “namoro” da Ravenna com o Lake’s é antigo. “Começou quando Marcos Lomanto, cliente cativo do restaurante, que emagreceu mais de 40kg, insistiu muito para eu conhecer a proposta da clínica”, conta o proprietário, Zeli Ribeiro da Costa. “Eu gostei da comida, senti-me bem e aceitei o desafio de preparar aqui os pratos.” São quatro principais — galeto desossado, truta, baby beef e salmão —, que podem vir com cuscuz de quinoa, suflê de couve-flor com queijo ou lasanha de berinjela. Há dois caldos (de frango com cebola e de aspargos) e saladas de folhas verdes.

“Além de atender uma parte da clientela que faz regime, satisfaz os idosos, que passaram a vir menos à noite porque acham demais a quantidade de comida”, justifica o restaurateur. Por exemplo, um filé de 300g do menu normal cai para 120g no galeto desossado do especial.
Outra vantagem é econômica. Na Asa Sul, onde os preços dos restaurantes de primeira linha não costumam ser tão amigáveis — no Lake’s, o prato mais barato é um ravióli de muçarela de búfala ao pomodoro por R$ 48 —, é possível agora ter uma refeição completa por R$ 44, sem bebida.

Voo mais alto

As sugestões do cardápio especial convivem ao lado do menu regular da casa, de autoria da chef Andréa Munhoz, que, desde junho, comanda a cozinha do Palácio do Planalto. Nele, são hits o confit de pato ao molho de frutas vermelhas e musseline de baroa; o polvo braseado com risoto negro; e o camarão ao creme de trufas com nhoque, mas ainda há outros pratos que deleitam os brasilienses num cardápio, que já não leva mais a assinatura da autora.

Por mais exclusivista que seja o cargo de chef de cozinha da Presidência da República, é claro que Andréa vez ou outra dá uma mãozinha nas panelas do restaurante dos pais, até porque eles moram juntos e é a avó Angela quem acompanha a neta Júlia, de 7 anos, filha de Andréa, como ocorreu no fim do ano, em que a chef brasiliense cozinhou para Dilma Rousseff, em seu curto descanso na Base Naval de Aratu, na Bahia.

Vinho democrático

Zeli Ribeiro é o proprietário do Restaurante Lake's (Bruno Peres/CB/D.A Press)
Zeli Ribeiro é o proprietário do Restaurante Lake's

Outra novidade do Lake’s é a máquina do vinho, um aparato fabricado na Itália pela empresa Enomatic que comporta quatro garrafas e permite o serviço da bebida em taças, sem que ela perca suas características. O aparelho está graduado para servir em três volumes diferentes: 50ml, 100ml e 150ml. O vinho mais simples é um carmenère produzido por Laura Hartwig que custa, respectivamente, R$ 8, R$ 16 e R$ 24.

O mais pontuado é um petit verdot varietal Toknar 2007, que recebeu de Robert Parker 94 pontos — o mais alto índice já conferido à casta. As taças são oferecidas a R$ 35, R$ 70 e R$ 105. No meio, está outro carmenère com um pouco de cabernet sauvignon, de nome Parcela #7, e o Carabantes 2009, um corte de syrah, cabernet sauvignon e petit verdot, cuja garrafa de R$ 195 na carta fica por R$ 140 se for levada para casa.

"A promoção é o resultado de uma parceria com a Terramatter, importadora dos quatro tintos chilenos", diz Zeli Ribeiro. Com exceção do primeiro (Laura Hartwig), os outros três são produzidos pela Bodega Von Siebenthal, de propriedade de um suíço que se radicou no Vale de Aconcágua. Dela, o crítico norte-americano Robert Parker disse: “Se tivesse que outorgar um Oscar para uma vinícola, Von Siebenthal seria a vencedora pela fineza dos seus taninos”.

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