Confraria Chico Mineiro acredita na mistura do mexidão com feijoada
A misturara exótica pode até parecer estranha no início, mas saiba que o prato tem feito muito sucesso entre os clientes frequentadores do restaurante
Rebeca Oliveira
Renata Rios
Publicação:06/11/2015 06:00Atualização: 05/11/2015 11:29
Esqueça espumas, esferas e outras técnicas mirabolantes da cozinha moderna. Esta semana, o Divirta-se Mais comprova que preparos simples também podem surpreender
De olho na crise, o Divirta-se Mais sugere restaurantes onde se cozinha com menos pompa e se serve com menos cerimônia — mas se come com igual prazer. São receitas que passam longe da comida ultraprocessada e têm ótima relação entre custo e benefício. Economizar é bom, mas sem abrir mão de pequenos deleites.
Por isso, o lema da vez é “desgourmetizar”, como sugere a escritora e apresentadora Rita Lobo, no livro Cozinha prática, lançado em outubro. Editora do site e do selo Panelinha, a autora acredita na importância desse chacoalhão aos glutões de plantão.
Em vez de focar na gastronomia de vanguarda em ingredientes exóticos, como têm feito muitos chefs moderninhos de Brasília, ela sugere que o público local se atente a receitas aparentemente simples, mas que guardam segredos capazes de deixar qualquer profissional surpreso.
“Muita gente sabe fazer um excelente risoto, mas erra o ponto de um arroz branco e soltinho”, conta Rita.
Na Confeitaria Lalé, a sócia Alessandra Lazzarini bem que tenta convencer os clientes a provar doces com influência internacional, principalmente franceses, italianos e portugueses. Mas a maioria procurar o tradicional brigadeiro de colher. “Até tenho doces gourmets e elitizados; no entanto, os mais vendidos são os mais simples”, conta a confeiteira.
Confraria Chico Mineiro acredita na mistura di mexidão com feijoada
Na confraria chico mineiro, dois clássicos brasileiros totalmente desgourmetizados ocupam o mesmo prato. Mexidão e feijoada se unem no mexidão com zoiudão (R$ 28), receita servida às sextas e sábados no restaurante do casal Meg Suda e Geraldo Araújo. No preparo, arroz, feijoada, couve, vinagrete, farofa, banana à milanesa, torresmo e ovo frito numa perfeita simbiose de sabores.
Para dar um contraponto necessário, mas sem exageros, o toque de glamour vem na harmonização, que pode ser feita com cerveja Eisenbahn Dunkel (R$ 9 — 355ml). Além, é claro, da caipirinha de limão, eterna parceira da feijoada, por R$ 11,50, com cachaça mineira de alambique artesanal.
“Para mim, o ato de comer transcende um punhado de coisas. Sou da teoria de que alta gastronomia é aquela que te dá prazer”, conta o mineiro Geraldo.
Por várias vezes, a feijoada da Confraria Chico Mineiro foi eleita a melhor da cidade. “A feijoada é sempre fresca. Não deixo o feijão de molho, caso contrário ele fermenta e fica pesado demais, de difícil digestão. Começo a prepará-la às 7h, quando acordo. São cinco horas no fogo, e não uso panela de pressão”, ensina a cozinheira.
Esqueça espumas, esferas e outras técnicas mirabolantes da cozinha moderna. Esta semana, o Divirta-se Mais comprova que preparos simples também podem surpreender
De olho na crise, o Divirta-se Mais sugere restaurantes onde se cozinha com menos pompa e se serve com menos cerimônia — mas se come com igual prazer. São receitas que passam longe da comida ultraprocessada e têm ótima relação entre custo e benefício. Economizar é bom, mas sem abrir mão de pequenos deleites.
Por isso, o lema da vez é “desgourmetizar”, como sugere a escritora e apresentadora Rita Lobo, no livro Cozinha prática, lançado em outubro. Editora do site e do selo Panelinha, a autora acredita na importância desse chacoalhão aos glutões de plantão.
Em vez de focar na gastronomia de vanguarda em ingredientes exóticos, como têm feito muitos chefs moderninhos de Brasília, ela sugere que o público local se atente a receitas aparentemente simples, mas que guardam segredos capazes de deixar qualquer profissional surpreso.
“Muita gente sabe fazer um excelente risoto, mas erra o ponto de um arroz branco e soltinho”, conta Rita.
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Na Confeitaria Lalé, a sócia Alessandra Lazzarini bem que tenta convencer os clientes a provar doces com influência internacional, principalmente franceses, italianos e portugueses. Mas a maioria procurar o tradicional brigadeiro de colher. “Até tenho doces gourmets e elitizados; no entanto, os mais vendidos são os mais simples”, conta a confeiteira.
Confraria Chico Mineiro acredita na mistura di mexidão com feijoada
Na confraria chico mineiro, dois clássicos brasileiros totalmente desgourmetizados ocupam o mesmo prato. Mexidão e feijoada se unem no mexidão com zoiudão (R$ 28), receita servida às sextas e sábados no restaurante do casal Meg Suda e Geraldo Araújo. No preparo, arroz, feijoada, couve, vinagrete, farofa, banana à milanesa, torresmo e ovo frito numa perfeita simbiose de sabores.
Para dar um contraponto necessário, mas sem exageros, o toque de glamour vem na harmonização, que pode ser feita com cerveja Eisenbahn Dunkel (R$ 9 — 355ml). Além, é claro, da caipirinha de limão, eterna parceira da feijoada, por R$ 11,50, com cachaça mineira de alambique artesanal.
“Para mim, o ato de comer transcende um punhado de coisas. Sou da teoria de que alta gastronomia é aquela que te dá prazer”, conta o mineiro Geraldo.
Por várias vezes, a feijoada da Confraria Chico Mineiro foi eleita a melhor da cidade. “A feijoada é sempre fresca. Não deixo o feijão de molho, caso contrário ele fermenta e fica pesado demais, de difícil digestão. Começo a prepará-la às 7h, quando acordo. São cinco horas no fogo, e não uso panela de pressão”, ensina a cozinheira.