A série Constantine estreou no Brasil nessa sexta-feira, no canal pago Space, com roteiro e produção executiva de David S.Goyer - autor da elogiada trilogia Batman begins para Christopher Nolan.

Idolatrada mundo afora, a persona hardcore do exorcista é um desafio mesmo para um roteirista experiente como Goyer. John Constantine é uma criatura sem limites, que vive nos quadrinhos com regras próprias: frases de efeito recheadas de palavrões, colecionador de casos com mulheres ou homens e um tabu pior nos dias hoje: completamente viciado em cigarros.

Como mostrar isso na televisão? "Escrevi sobre muitos heróis de heróis, mas John não é nada disso. Ele mente, trapaceia, bebe demais e nada disso mudou na série, não estamos aliviando", provocou Goyer.

Nestes tempos em que os quadrinhos estão na base da cadeia alimentar de roteiros no cinema e na tevê, a pressão para agradar aos fãs puristas é enorme, assim como o debate entre os que curtem as licenças poéticas nas adaptações e os que as rejeitam.

A Warner, que produz o seriado nos Estados Unidos, escolheu "ser fiel" nas palavras do protagonista Matt Ryan. "Há muita coisa sombria na televisão agora. É uma confirmação de que a vida é dura, o que dá segurança a quem assiste", opina Charles Halford, intérprete de Chas.

O anti-herói sobrenatural certamente lançou seus encantos no episódio de estreia, visto por 4,3 milhões de norte-americanos, há exatos 15 dias.

Constantine
Sextas-feiras, às 22h30, no Space.