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17/MAR/2024

Relembre os dias de comédia da novela Quatro por quatro

A guerra dos sexos na novela rendeu uma das maiores audiências no horário das 19h da Tv Globo

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Ataide de Almeida Jr. Publicação:20/09/2015 06:05
 (TV Globo/Reprodução)

Em Quatro por quatro, a briga entre homens e mulheres fez a audiência subir no horário das 19h. Personagens marcantes, como Abigail e Babalu, são lembradas até hoje

Depois de A viagem, de Ivani Ribeiro — uma trama densa, recheada de elementos sobrenaturais —, o horário das 19h voltou a respirar comédia com a novela Quatro por quatro. Escrita por Carlos Lombardi, a trama trouxe muita ação, aventura, conflitos entre homens e mulheres, além dos tradicionais descamisados, típicos das obras do autor. Prevista para durar 150 capítulos, o folhetim fez tanto sucesso — principalmente entre as crianças e os jovens —, que foi esticada em 83 episódios, indo ao ar de outubro de 1994 até julho de 1995.

A trama contava a história de quatro mulheres, Abigail (Betty Lago), Auxiliadora (Elizabeth Savala), Tatiana (Cristiana Oliveira) e Babalu (Letícia Spiller), que se encontraram na cadeia e fizeram um pacto para lutar contra aqueles que as colocaram lá: os maridos/namorados. Os alvos eram: Gustavo (Marcos Paulo), Alcebíades (Tato Gabus Mendes), Fortunato (Diogo Vilela) e Raí (Marcello Novaes), par de cada uma. Para isso, uma ajudaria a outra com vários tipos de planos, disfarces e atitudes.

Duas dessas atrizes se destacaram na trama. A primeira foi Betty Lago, que faleceu na semana passada. A personagem que, no começo, era apenas uma mulher fútil, cercada por gente da alta sociedade, revelou-se uma das mais perspicaz autora das vinganças. Além disso, o humor ágil e as tiradas de Abigail marcaram para sempre a atriz.
A outra revelação foi Letícia Spiller, como Babalu, ou Barbarela Lourdes. O jeito de se vestir, com minissaias e tops; as expressões utilizadas, como “bicha”, “mona”, “desaquenda” e “babado”; e a impulsividade foram copiados por diversas mulheres à época. As intensas brigas com o par romântico, Raí, também fizeram com o que os telespectadores torcessem para o casal — torceram tanto que os dois começaram a namorar nesse período.

E se os casais viraram os favoritos dos telespectadores, a trilha sonora também conquistou a audiência. A começar pela música de abertura, Picadinho de macho, interpretada por Sandra de Sá: “Vamos deixar esses caras de quatro, mostrar que esses ratos não passam de patos.
 
Espalhar que eles andam caídos, mortos e gastos como velhas galochas”. Teve ainda Alceu Valença cantando Paixão (tema de Raí e Babalu) e Saudade na voz de Nana Caymmi (tema de Auxiliadora).

Quatro por quatro foi uma das novelas de maior audiência do horário das 19h da TV Globo. O primeiro capítulo, embalado pelo sucesso de A viagem, registrou 50 pontos do Ibope e o último, 58.
 
 (TV Globo/Reprodução)
 

Abertura
 
Como acontece com boa parte das aberturas das novelas que trazem modelos como personagens, eles acabam ganhando fama — foi assim com Nani Venâncio, em Pantanal, e Mônica Carvalho, em Mulheres de areia.
 
Em Quatro por quatro isso aconteceu com o ator Beto Simas. Além da abertura, ele participou de alguns capítulos da trama. Rodrigo Simas e Felipe Simas, filhos de Beto, continuam atuando nas novelas. Assim como o enteado dele, Bruno Gissoni.
  
Carnaval
 
Segundo o site Memória Globo, um dos fatos inusitados de Quatro por quatro foi a participação de Babalu e Raí em no desfile das escolas de samba de 1995. Interpretando os personagens, Letícia Spiller e Marcello Novaes desfilaram
pela União da Ilha, sendo que Babalu foi uma das passistas e Raí integrou a bateria do grupo. As cenas foram utilizadas na novela.
  
Inspiração
 
Segundo a atriz Letícia Spiller, Babalu foi inspirada em Mônica, das histórias em quadrinhos criadas por Maurício de Sousa. Além do jeito irritado e impulsivo, a personagem da televisão lançava uma bolsinha para acertar Raí todas as vezes que ele a irritava — assim como Mônica faz com o coelhinho Sansão, mas que ainda hoje tem como alvo Cebolinha e Cascão. Babalu ainda tinha um trejeito de coçar a nuca quando ficava confusa.

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