Existe uma separação na televisão quando se trata de jornalismo. De um lado, os telejornais tratam dos temas do dia a dia, de maneira muitas vezes rasa; de outro, os programas investigativos abordam, geralmente, um assunto de forma mais profunda, em detalhes. Nessa área estão A liga, exibido pela Band, Conexão repórter, do SBT, Repórter Record Investigação, da Record, e Profissão Repórter, da Globo.

 

Apesar de cada um ter suas peculiaridades, os programas seguem a mesma estrutura: um tema é escolhido, uma equipe de reportagem faz as investigações — que podem durar meses —, e, em seguida, a atração vai ao ar. Vale destacar entre esses A liga, da Band. Ao contrário dos demais, ele não é apresentado por jornalistas, mas sim pela dupla formada pela modelo Mariana Weickert e pelo rapper Thaide.

 

Os dois dão um tom mais despretensioso ao programa e deixam de lado a imparcialidade comum aos jornalistas para se envolver com os dramas apresentados. A nova temporada da atração, por exemplo, estreou com os dramas dos presídios e levou muita gente às lágrimas com as confissões do que acontece por lá.

 

Já nas atrações comandadas por Roberto Cabrini e Domingos Meireles, o Conexão Repórter e o Repórter Record Investigação, respectivamente, o tom é de um verdadeiro jornalão. Com vozes imponentes, a todo momento parece que você está em um filme de mocinhos e bandidos. Geralmente, não são abordados temas leves.

 

A maioria denuncia tráfico de drogas ou pessoas e fala das atitudes de tribos urbanas. Vale lembrar que os dois já haviam passado pela Globo, com reportagens ou programas que seguiam o mesmo esquema.

 

Com jornalistas iniciantes, os chamados focas da redação, o Profissão Repórter, comandado por Caco Barcellos, já está na sétima temporada. Além das reportagens na rua, a atração mostra — bem pouco — como se chegou até as fontes, o processo de edição e as dicas de Barcellos. Um dos únicos problemas é o tempo. Quando os repórteres vão se aprofundar nas matérias, o programa acaba.