O Dia de Finados merece uma reflexão também nos fãs da teledramaturgia brasileira. Em tempos em que até mestres como Aguinaldo Silva escrevem bombas como Império, aumentam as saudades de nomes que já se foram e deixaram um legado do quilate de Irmãos Coragem, obra-prima de uma verdadeira maga da escrita televisiva: Janete Clair, que nos deixou em 1983.

A essa novela, juntam-se outras pérolas que revolucionaram o gênero. Não dá para esquecer de Beto Rockfeller, de Braulio Pedroso; da inventiva Mulheres de areia, de Ivani Ribeiro; ou da crítica bem-humorada e mais do que atual de Que rei sou eu?, de Cassiano Gabus Mendes. Até imortais da Academia Brasileira de Letras, caso de Dias Gomes, deram sua contribuição com sucessos como O bem amado.

Não é à toa que as emissoras têm dedicado horário nobre a remakes, como O rebu e Saramandaia, assinados originalmente por Pedroso e Gomes, respectivamente.

A esperança recai sobre autores da nova geração. Evoé, Walcyr Carrasco, Duca Rachid e João Emanuel Carneiro!

Mais do mesmo
Para não ser acusada de repetição, a direção de Alto astral resolveu mudar pelo menos o visual do elenco. Cláudia Raia, por exemplo, aparecerá loira na tela a partir de amanhã.

Atenção, emissoras!
Na semana passada, a grande Beatriz Segall se declarou magoada com as emissoras de tevê. Uma das nossas melhores atrizes espera um papel à altura dela.

Exclusão
No mês da consciência negra, a gente conta nos dedos de uma mão os papéis de destaque que eles ocupam nos atuais folhetins. Falta de talento é que não é.