Você se lembra? Divirta-se relembra o sucesso da novela O bem-amado
Zeca Diabo, um dos personagens de maior sucesso de Lima Duarte, foi responsável por momentos decisivos da novela
Ataide de Almeida Jr.
Publicação:09/08/2015 06:07Atualização: 07/08/2015 16:35
Bem antes de Sassá Mutema (O salvador da pátria), Sinhozinho Malta (Roque santeiro), Salviano Lisboa (Pecado capital), Lima Duarte ganhou fama na TV Globo — antes estava na TV Tupi — com um personagem bem diferente do que já havia interpretado em outras novelas: um matador que vivia fugindo da polícia e atendia pelo nome de Zeca Diabo, ou originalmente, José Tranquilino. A novela era O bem-amado, de Dias Gomes, e é considerada a primeira trama da televisão brasileira inteiramente a cores.
Vale lembrar um pouco da história principal da novela para situar o personagem de Lima Duarte. A trama foi uma adaptação da peça Odorico, o bem-amado e os mistérios do amor e da morte, do mesmo autor, que fazia uma crítica ao regime militar presente à época. O folhetim contava as artimanhas de Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), que ganhou a eleição após prometer um cemitério na cidade de Sucupira.
Nas novelas do passado, era comum que os personagens tivessem toda uma história anterior que explicasse como ele chegou a determinada situação. Zeca era um deles. Ele nasceu em Sucupira, mas decide seguir com o cangaço e é acusado de várias mortes pelo Brasil. Por isso, vive fugindo da polícia.
Zeca Diabo conquista o amor de Dorotéia Cajazeira (Ida Gomes), que faz parte do trio de mulheres que se diziam a favor da tradicional família brasileira. Dorotéia foi quem percebeu que o bandido tinha um lado bondoso e se prontificou a ensiná-lo a ler e a escrever.
Apesar de conseguir se redimir de algumas maldades durante a novela, Zeca Diabo acaba cometendo mais um crime na cidade. Ele é o responsável por matar o prefeito Odorico Paraguaçu, que finalmente inaugura o cemitério de Sucupira. A novela teve 178 capítulos.
Criação
Zeca Diabo não foi criado para a novela da TV Globo. Bem antes disso, em 1943, o matador já estrelava uma peça escrita por Dias Gomes, que abordava o cangaço. Na trama, a participação de Zeca seria curta, mas com o sucesso do personagem, ela foi esticada e ficou até o fim do folhetim - inclusive, com participação essencial para o desfecho, sendo o responsável pela morte de Odorico.
Antes de Zeca
Lima Duarte esteve na televisão desde as primeiras transmissões, participando inclusive da primeira telenovela brasileira, Sua vida me pertence, de 1951. A partir daí, deslanchou como ator e também diretor. Tanto é que foi contratado pela Globo, em 1972, especificamente para dirigir a novela O bofe. No entanto, apesar da nova parceria com Bráulio Pedroso — ele estiveram juntos em Beto Rockfeller —, a audiência não foi a esperada. Lima estava de saída da emissora, quando recebeu o convite para viver Zeca Diabo.
Edições
Além de novela, O bem-amado virou seriado, exibido na emissora no lugar de Despedida de solteiro, que foi interrompida pela censura; além de minissérie, em 15 capítulos, que foi ao ar em 1980, como parte do Festival 15 anos. Depois disso, virou peça de teatro e filme, com direção de Guel Arraes. No papel de Zeca Diabo estava José Wilker.

O bem-amado foi a primeira novela de Lima Duarte na Globo
Vale lembrar um pouco da história principal da novela para situar o personagem de Lima Duarte. A trama foi uma adaptação da peça Odorico, o bem-amado e os mistérios do amor e da morte, do mesmo autor, que fazia uma crítica ao regime militar presente à época. O folhetim contava as artimanhas de Odorico Paraguaçu (Paulo Gracindo), que ganhou a eleição após prometer um cemitério na cidade de Sucupira.
Saiba mais...
Odorico constrói o local, mas ninguém na região morre para inaugurar a obra. A partir daí é que entra Zeca Diabo na história. Como o prefeito quer inaugurar a obra de qualquer jeito, ele apela para todos os tipos de artifícios. E um deles é contratar o matador Zeca Diabo, mas com a garantia que ele não será preso pelo crime. Nas novelas do passado, era comum que os personagens tivessem toda uma história anterior que explicasse como ele chegou a determinada situação. Zeca era um deles. Ele nasceu em Sucupira, mas decide seguir com o cangaço e é acusado de várias mortes pelo Brasil. Por isso, vive fugindo da polícia.
Zeca Diabo conquista o amor de Dorotéia Cajazeira (Ida Gomes), que faz parte do trio de mulheres que se diziam a favor da tradicional família brasileira. Dorotéia foi quem percebeu que o bandido tinha um lado bondoso e se prontificou a ensiná-lo a ler e a escrever.
Apesar de conseguir se redimir de algumas maldades durante a novela, Zeca Diabo acaba cometendo mais um crime na cidade. Ele é o responsável por matar o prefeito Odorico Paraguaçu, que finalmente inaugura o cemitério de Sucupira. A novela teve 178 capítulos.
Criação
Zeca Diabo não foi criado para a novela da TV Globo. Bem antes disso, em 1943, o matador já estrelava uma peça escrita por Dias Gomes, que abordava o cangaço. Na trama, a participação de Zeca seria curta, mas com o sucesso do personagem, ela foi esticada e ficou até o fim do folhetim - inclusive, com participação essencial para o desfecho, sendo o responsável pela morte de Odorico.
Antes de Zeca
Lima Duarte esteve na televisão desde as primeiras transmissões, participando inclusive da primeira telenovela brasileira, Sua vida me pertence, de 1951. A partir daí, deslanchou como ator e também diretor. Tanto é que foi contratado pela Globo, em 1972, especificamente para dirigir a novela O bofe. No entanto, apesar da nova parceria com Bráulio Pedroso — ele estiveram juntos em Beto Rockfeller —, a audiência não foi a esperada. Lima estava de saída da emissora, quando recebeu o convite para viver Zeca Diabo.
Edições
Além de novela, O bem-amado virou seriado, exibido na emissora no lugar de Despedida de solteiro, que foi interrompida pela censura; além de minissérie, em 15 capítulos, que foi ao ar em 1980, como parte do Festival 15 anos. Depois disso, virou peça de teatro e filme, com direção de Guel Arraes. No papel de Zeca Diabo estava José Wilker.