Evento gastronômico Quitutes servirá mais de cem quilos de bacalhau no CCBB
O prato será vendido a R$ 20, enquanto a salada a R$ 10, e três bolinhos a R$ 5, conta Ansiliero, que estreia no projeto de comida de rua

Setenta quilos de bacalhau gastam mais de 48 horas para ser dessalgados. Trinta quilos de carne de pato levam dois dias até serem confitados. Prontos, os cem quilos de proteína servem pelo menos mil pessoas. Na segunda edição do Quitutes, evento que se realiza pela primeira vez no gramado do Centro Cultural Banco do Brasil, no dia 29 de março, o chef Francisco Ansiliero servirá três pratos de bacalhau (bolinho, salada e ao forno com arroz de brócolis) e um arroz de pato.
O bacalhau ao forno — um dos carros-chefes de sua marca — será vendido a R$ 20, enquanto a salada a R$ 10, e três bolinhos a R$ 5, conta Ansiliero, que estreia no projeto de comida de rua. “Mais do que o produtor e o fornecedor, é ao cozinheiro que cabe a tarefa de levar ao público o sabor de pratos inventivos a preços razoáveis”, ressalta o restaurateur.
Com ele, quase 30 chefs participarão do Quitutes, que no ano passado levou 8 mil pessoas à orla da Ermida Dom Bosco. “Este ano, esperamos a presença de 10 mil”, estima Sandro Biondo, um dos responsáveis pela organização.
Público diversificado
“O que mais gosto no evento é a interação com o público, é ver pessoas de diferentes idades, níveis sociais e culturais dividindo a mesa e trocando experiências e sensações”, comenta o chef dinamarquês Simon Lau Cederholm, “veterano” nesse tipo de programação. Ele vai preparar um dos hits do restaurante Aquavit, que é o salmão defumado. Virá dentro de um sanduíche fechado com dill ou com queijo de cabra e ervas por R$ 20. Outra contribuição é a torta Marcel, de chocolate belga e nozes, por R$ 10 a fatia.
Renomados restaurantes, como Places, Olivae, El Paso, Sanfelice, Dona Lenha, Ô Porketa! e Loca como Tu Madre também levarão iguarias para a degustação que se prolongará por toda a tarde de sábado. No pôr do sol, a atração será o show da banda australiana Jagwar Ma.
Febre nos EUA
A degustação passa pelos sabores latinos (wrap de guacamole com camarão cítrico, coquetel de ceviche com aji e suspiros limenhos com morangos, e sangria); italianos, como nhoque com molho funghi, polpeta ao pomodoro e polenta frita com molho quatro queijos, ou ragu de calabresa; mediterrâneo (cafta de picanha); e cubano, como “ropa vieja” (carne desfiada picante).
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Banquete na roça
Servir refeição ao ar livre não é uma exclusividade do segmento que surge com o nome de comida de rua. Também dos Estados Unidos, vem o evento Outstanding in the Field, cuja proposta é a de ser um “restaurante sem paredes”. Vingou no Brasil com o título de Gastronômade, que todos os anos celebra a alta gastronomia protagonizada por um importante chef. Nas duas primeiras edições, William Chen Yen comandou as caçarolas debaixo de árvores e este ano o chef será Agenor Maia, do Olivae, que vai cozinhar na Fazenda Velha (DF 330, Núcleo Rural Capão da Erva, depois do Itapoã e condomínios), no sábado, 29, às 13h.
No coquetel, haverá croquete de capivara com geleia de cagaita, creme de cará na barquete com batata crocante e bombom de carne de pato na lata em telha de acerola. Na mesa, o serviço começa com lâminas de kobe da Beef Passion com mandioca e jambu e passa para o frango desossado com gema de pequi e farofa. O segundo principal é copa lombo com maçã verde e salada morna de trigo e folhas de couve. De sobremesa, bolo de batata com chocolate meio amargo e creme de cenoura crua.