Brasília-DF,
25/ABR/2024

Leia na íntegra a entrevista com os integrantes do grupo De 4 é melhor

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Rebeca Oliveira, especial para o Correio Publicação:14/06/2013 08:00Atualização:13/06/2013 12:10
O grupo chegou a mudar de nome em 2008 para De 4 Naipes e depois retornou ao nome original… A sogra de um integrante teve a ver com essa mudança?

Marcos Davi – O pior não foi a sogra de alguém, mas a própria mídia que nos censurava. O nome é um pouco apelativo sexualmente falando, mas decidimos manter a originalidade.

Para criar o texto da peça sobre uma das figuras mais odiadas do imaginário nacional, vocês se basearem em experiências pessoais ou relatos de outras pessoas?

Marcos Davi –
Foi pessoal, tem um personagem que eu faço que é baseado na minha mãe, que tem quase 70 anos e tem coisas muito peculiares, não só de uma sogra, mas por ser avó, que ela fala que é ser mãe duas vezes. Mostramos isso, o carinho em excesso. Quando o filho nasce, elas dão um amor completo, e quando o neto nasce, dão mais amor ainda. A sogra é má por amor, é uma proteção a mais. Porém, tudo em excesso faz mal.

Fabianna Kami – Nos dois! Abordamos a sogra de uma forma geral, não estamos pegando só a sogra perversa da figura, mas a amável, que tem tanto amor que enche o saco. É tudo baseado em relatos o observações.

Tem ideia de quantos espectadores a companhia já recebeu?

Márcio Minervino – Cerca de 500 mil , contando com as idas fora de Brasília.

Marcos Davi – O grupo construiu uma carreira de oito anos e esperamos que o público se dobre a essa estreia. O divisor de águas do De 4 é melhor foi o Não durma de conchinha, quando alguns integrantes saíram e a comédia foi apresentada com três atores. Essa nova fase marcou o grupo e foi significativa. Mas foi depois de Você é quem você come que o grupo recebeu convites para se apresentar fora de Brasília.

Como é a estrutura do grupo hoje, todos vocês escrevem e dirigem as comédias?

Márcio Minervino – Varia muito. Atualmente voltamos a ser quatro atores, e tem uma parte que se dedica mais ao roteiro. Todos nós escrevemos nossos próprios personagens. Eu a Fabiana encaixamos o roteiro, colocamos sentido e temos cuidados com todas as amarras do textos.

Vocês utilizam as redes sociais para pautar os temas que serão abordados? A internet é uma grande aliada da companhia?

Fabianna Kami - Estamos o tempo todo ligado a vídeos que bombam na internet, trabalhamos com multimídia e o público pode esperar muita coisa atual dentro da nossa nova peça.

Vocês pretendem gravar um DVD, como fez outras companhias, como Os melhores do mundo?

Márcio Minervino - Temos interesse em fazer vídeos pequenos porque chega mais rápido ao Youtube. Preferimos trabalhar e aqui porque conhecemos todos os envolvidos na gravação. Brasília é um local muito fértil para fazer arte.

Alias, há algum tipo de concorrência com outros grupos de teatro ou comédia de Brasília ou vocês atuam de forma colaborativa?

Márcio Minervino – Até sairmos de Brasília tínhamos a cabeça pequena e enxergávamos como concorrente. Mas quando vimos o mercado percebemos que quando mais comédia, melhor. As opções ajudam. Brasília era a capital do rock e agora está próxima a se tornar a capital do riso. Está um embrião de ser algo colaborativo, o ideal era que todos os grupos se unirem. Nós topávamos na hora se eles quisessem se reunir, mas relacionamentos tímidos já estão começando. Converso muito com o pessoal do G7 e do SeteBelos.

Quem vem de for a também influencia, é como Mané Garrincha começar a ver jogos de fora. Brasília tem uma produção de teatro e grupos independentes ótimos que precisam sair da cidade, mas geralmente é a comédia que abastece o mercado local. O que é cruel é a questão dos ingressos. Quando é um grupo de fora, pode ser o preço que for que as pessoas pagam, e chega a ser muito mais caro.

Marcos Davi – Estamos com uma nova formação e nossa intenção é mostrar os nossos novos integrantes para o público. O ator tem seu jeito e alteramos a peça, mas com o mesmo sentimento. Essa é o primeiro filho com a nova formação da De 4 é melhor, com os quatros participaram da concepção, dese o começo. A partir de agora, queremos divulgar essa nova formação.

Faremos a temporada nacional de "Você é quem você come" em todo o Nordeste. Pensamos em dar uma alternativa de entretenimento ao público. Pensamos nele, e não em nós.

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