'A valsa de Lili', em cartaz no CCBB, é uma peça que toca em escolhas da vida
O monólogo de Débora Duboc é inspirado no livro 'Pulmão de aço', de Eliana Zagui
Roberta Pinheiro
Publicação:06/03/2020 06:01Atualização: 05/03/2020 19:14
Pelo trabalho, Débora Duboc levou o Prêmio APCA de melhor atriz
Em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil, A valsa de Lili é um monólogo de Débora Duboc inspirado no livro Pulmão de aço, autobiografia de Eliana Zagui. Por conta de uma poliomielite mal diagnosticada, Eliana vive em uma cama de UTI do Hospital das Clínicas, em São Paulo, desde os dois anos de idade, e movimenta apenas a cabeça.
A peça foi escrita por Aimar Labaki, que conheceu a história por coincidência. "Descobri o livro por acaso numa livraria. Li, fiquei fascinado por não ser um livro de autoajuda, nem uma lamúria. Era o texto de uma mulher de trinta e poucos anos e suas questões existenciais, iguais as de qualquer um de nós. Acrescido da história escondida de toda uma geração que foi vítima da pólio e sobre a qual nada se sabe", detalha Labaki.
Com direção de Débora Dubois, o espetáculo traz os fatos apresentados no livro deixando de lado clichês e sentimentalismos. A valsa de Lili invade o teatro com a mesma potência e agitação com que Eliana decidiu viver, ocupar e dominar seu espaço. "É uma valsa que Eliana e a personagem Lili optam diariamente por dançar, em vez de simplesmente aceitar as limitações que a vida impõe", explica o dramaturgo. Pelo trabalho, Débora Duboc levou o Prêmio APCA de melhor atriz.
Serviço
A valsa de Lili
No Centro Cultural Banco do Brasil. Em cartaz até 22 de março. De quinta a sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Sessão com Libras dia 14 (sábado). Ingressos:R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada e clientes BB com Ourocard). Sessão promocional no Dia da Mulher com 50% de desconto para todo o público. Vendas na bilheteria do CCBB e também no site www.eventim.com.br. Não recomendado para menores de 12 anos.