Bloco Fica Comigo relembra sucessos do pagode dos anos 1990 em show na Ascade
Comandado pelo filho de Erasmo Carlos, Alexandre Pessoal, o grupo traz a "revolução do amor" pela primeira vez à capital nesta quinta-feira (14/11)
Publicação:14/11/2013 06:00Atualização: 12/11/2013 16:07
Em entrevista ao Correio, o vocalista relembrou os primeiros contatos com a música, que, obviamente, ocorreram por influência do pai, ainda na extinta gravadora PolyGram. Da época, o músico lembra de uma saudosa maneira de se fazer música. “Tenho lindas recordações de uma época de produções fonográficas que infelizmente não voltam mais, principalmente porque havia espaço para a criação sem limites, o que complica bastante hoje em dia”, ressalta.
Segundo Alexandre, a presença musical do pai na infância foi fundamental para a escolha da carreira, mas não chegou a determinar o estilo que seria seguido. “Trabalho com música há 20 anos, já tive muitas bandas, já produzi bastante coisa, e, de fato, se não fosse ele, eu estaria no futebol. Ou pelo menos teria tentado”, conta o vocalista, que puxou do pai também o time de coração, Vasco da Gama. “Ele não gosta de pagode, mas respeita muito”.
Com duas passagens pela capital, fazendo participações menores em festas na Hípica e no Iate Clube, eles trazem pela primeira vez à cidade a “revolução do amor”, apresentação que ganhou formato no Rio de Janeiro e começa a rodar outras capitais. Antes de chegar a Brasília, o grupo somou passagens por Porto Alegre e São Paulo. Completando o line-up da festa, tocam os DJs Zedoroque e GiggaWhat.
Duas perguntas para Alexandre Pessoal
O repertório do pagode dos anos 1990 fazia muito sucesso. Apesar disso, há quem trate o que era feito na época de forma satirizada. Isso incomoda a você?
Sinceramente não me preocupo com isso, pois cada um vê e faz o que acha que deve. Nosso foco foi fazer um trabalho sério, mas principalmente de mudar a forma como o pagode um dia foi apresentado, como uma adaptação no tempo. Mas a essência foi mantida.
Hoje, o que está em alta nas rádios é a temática da bebida/balada/azaração, enquanto naquela época predominava o romantismo. O resgate dessa linguagem impulsionou a criação do grupo?
De fato hoje abordam os temas dessa forma e com uma linguagem diferenciada. Acho que a nossa [linguagem] é a universal do amor, mas no fundo todas "dizem" a mesma coisa, apenas a forma é que muda. Nós preferimos a mais ingênua.
O bloco arrastou uma multidão durante o carnaval deste ano, no Rio de Janeiro
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Brasília recebe nesta quinta-feira (14/11) a animação e o saudosismo do bloco Fica Comigo, que traz no repertório sucessos de Exaltasamba, Katinguelê, Só Pra Contrariar e Os Morenos, entre outros grupos que dominavam as rádios nos anos 1990. Prestes a completar dois anos - o aniversário será comemorado no próximo 30/11, em show no Morro da Urca (RJ) – o grupo chega à capital comandado por Alexandre Pessoal, filho de um dos maiores nomes da música brasileira, Erasmo Carlos.Em entrevista ao Correio, o vocalista relembrou os primeiros contatos com a música, que, obviamente, ocorreram por influência do pai, ainda na extinta gravadora PolyGram. Da época, o músico lembra de uma saudosa maneira de se fazer música. “Tenho lindas recordações de uma época de produções fonográficas que infelizmente não voltam mais, principalmente porque havia espaço para a criação sem limites, o que complica bastante hoje em dia”, ressalta.
Segundo Alexandre, a presença musical do pai na infância foi fundamental para a escolha da carreira, mas não chegou a determinar o estilo que seria seguido. “Trabalho com música há 20 anos, já tive muitas bandas, já produzi bastante coisa, e, de fato, se não fosse ele, eu estaria no futebol. Ou pelo menos teria tentado”, conta o vocalista, que puxou do pai também o time de coração, Vasco da Gama. “Ele não gosta de pagode, mas respeita muito”.
Com duas passagens pela capital, fazendo participações menores em festas na Hípica e no Iate Clube, eles trazem pela primeira vez à cidade a “revolução do amor”, apresentação que ganhou formato no Rio de Janeiro e começa a rodar outras capitais. Antes de chegar a Brasília, o grupo somou passagens por Porto Alegre e São Paulo. Completando o line-up da festa, tocam os DJs Zedoroque e GiggaWhat.
O repertório do pagode dos anos 1990 fazia muito sucesso. Apesar disso, há quem trate o que era feito na época de forma satirizada. Isso incomoda a você?
Sinceramente não me preocupo com isso, pois cada um vê e faz o que acha que deve. Nosso foco foi fazer um trabalho sério, mas principalmente de mudar a forma como o pagode um dia foi apresentado, como uma adaptação no tempo. Mas a essência foi mantida.
Hoje, o que está em alta nas rádios é a temática da bebida/balada/azaração, enquanto naquela época predominava o romantismo. O resgate dessa linguagem impulsionou a criação do grupo?
De fato hoje abordam os temas dessa forma e com uma linguagem diferenciada. Acho que a nossa [linguagem] é a universal do amor, mas no fundo todas "dizem" a mesma coisa, apenas a forma é que muda. Nós preferimos a mais ingênua.