Desde que Zumbi, o líder do Quilombo dos Palmares, foi morto, em 20 de novembro de 1695, os brasileiros celebram, nessa data, o Dia Nacional da Consciência Negra. Com a intenção de promover a reflexão e o debate sobre o preconceito que as mulheres negras enfrentam no cotidiano, a estudante Valéria Matos, 24 anos, montou a exposição Nós negras, Cabelo e Identidade, em cartaz até 28 de novembro, na Biblioteca da Universidade Católica de Brasília (UCB).

A iniciativa faz parte do projeto de conclusão do curso de comunicação social. Militante do feminismo negro, Valéria mostra os desafios enfrentados, a começar pelo relacionamento com os cabelos. “Nós, mulheres negras, somos representadas de forma estereotipada e erotizada. Desde a infância, temos um grande desafio que é de se relacionar com o cabelo, que não é socialmente aceito, e é denominado por inúmeros adjetivos depreciativos: ruim, pixaim e palha de aço”, exemplifica.