Brasília-DF,
24/ABR/2024

Saxofonista e maestro Spok volta a Brasília nesta quarta-feira

Desta vez, é a atração do projeto João Donato-80 Anos, no Espaço Cultural do Choro, até sexta-feira

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Irlam Rocha Lima Publicação:23/04/2014 07:00Atualização:23/04/2014 09:24
O maestro Spok (centro) montou uma formação especialmente para os shows no Clube do Choro (	Lais Merini/Divulgação)
O maestro Spok (centro) montou uma formação especialmente para os shows no Clube do Choro

Inaldo Cavalcante de Albuquerque virou freguês. O saxofonista e maestro pernambucano, mais conhecido como Spok, foi o convidado especial da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional em concerto no Teatro Pedro Calmon, na terça-feira da semana passada. Hoje, ele está de volta a Brasília. Desta vez, é a atração do projeto João Donato — 80 Anos, no Espaço Cultural do Choro, até sexta-feira.

“A capital federal passou a fazer parte da minha vida. Fico honrado por poder levar até os brasilienses os ritmos que fazem parte da música pernambucana, a partir dos convites que venho recebendo para apresentações. No Clube do Choro, tenho participado dos projetos, nos últimos anos; e nesse retorno, acompanhado por meu quinteto, vou homenagear o grande compositor e pianista João Donato”, conta com entusiasmo.

Spok, que costuma tocar com orquestra, diz que criou o quinteto em função das participações no Clube do Choro. O grupo é formado por Adelson Ortiz (sanfona), Adelson Silva (bateria), Renato Bandeira (guitarra) e Hélio Silva (baixo). “Com essa formação, pude ir além do frevo e mergulhar no universo de outras manifestações rítmicas-sonoras de Pernambuco, como xote, baião, maracatu, ciranda e caboclinhos”, explica o artista.

O músico anuncia que, no show do Clube do Choro, colocará as influências de João Donato dentro do perré (uma modalidade do caboclinhos), ao tocar Amazonas, A rã e Bananeira. Spok faz, ainda, um tributo a compositores pernambucanos que morreram recentemente. De Dominguinhos, toca o forró De leve e o frevo 11 de abril. “Há, também, José Menezes, saxofonista, compositor, arranjador e uma lenda do frevo, de quem mostrarei algumas músicas. Do roteiro constam Moraes é frevo, que fiz para Moraes Moreira; e Capibirizando, frevo de Beto Ortiz”, complementa.

O maestro classifica a experiência vivida ao lado da Orquestra Sinfônica do Teatro Nacional como “emocionante”. E justifica: “Levar a história do frevo para os palcos é sempre algo especial para mim. Já fiz isso em outras oportunidades, ao lado de orquestras sinfônicas do Recife, do Rio de Janeiro e de São Paulo. Agora, com a Orquestra do Teatro Nacional, tive uma satisfação enorme. Estava ali ao lado de Cláudio Cohen e de músicos altamente qualificados”, elogia.

Natural de Igarassú, município da região metropolitana do Recife, Spock se mudou para a capital pernambucana em 1980, onde passou a trabalhar com mestres do frevo, como Duda, José Menezes, Guedes Peixoto, Clóvis Pereira, Edson Reodrigues e Ademir Araújo. Criador da Spok Frevo Orquestra, na década de 1990, participou de uma importante ebulição musical. “Eu ouvia os músicos de jazz improvisando e me perguntava por que não se poderia fazer o mesmo com o frevo. O que me interessa é a liberdade do músico”, ressalta Spok. Para o carnaval, formou o Orquestrão Multicultultural, com aproximadamente 200 músicos, e a participação de outros renomados maestros de frevo.

Spock

Show do saxofonista e maestro pernambucano e quinteto, de hoje a sexta-feira, pelo projeto João Domnato — 80 Anos. No Espaço Cultural do Choro (Eixo Monumental, ao lado do Centro de Convenções Ulysses Guimarães. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia para estudantes). Não recomendado para menores de 14 anos. Informações: 3224-0599.

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