Brasília-DF,
23/ABR/2024

Festival Latinidades discute situação da mulher afro-latino-americana e caribenha

O evento terá discussões sobre a literatura negra, a política e a sustentabilidade e o feminismo negro, com participação de nomes de destaque nacional e internacional

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Adriana Izel Maíra de Deus Brito Publicação:23/07/2014 08:17Atualização:23/07/2014 10:22
Angela Davis, ícone do movimento negro feminista, é uma das atrações do festival (Latinidades/Divulgação)
Angela Davis, ícone do movimento negro feminista, é uma das atrações do festival

Com a chegada do Dia Internacional da Mulher Latino-Americana e Caribenha, o festival Latinidades começa nesta quarta-feira (23/7) e segue até 28 de julho com programação gratuita no auditório principal do Museu Nacional da República. A sétima edição terá conferências, mesas de debates, oficinas e atrações musicais dedicadas à promoção da igualdade social.

Como acontece desde 2008 — quando nasceu o festival —, uma temática regerá todas as atividades. O assunto escolhido pela organização do Latinidades é Griôs da diáspora negra (Leia mais na página 2). “Todo ano a gente trabalha um tema. Desta vez, vamos debater o papel da mulher negra como detentora do saber ancestral e tradicional. Dentro dessa proposta, estamos trazendo griôs de vários âmbitos do saber desde mestres de capoeira até intelectuais”, explica Jaqueline Fernandes, idealizadora e coordenadora do festival.

Durante os seis dias, o evento terá discussões sobre a literatura negra, a política e a sustentabilidade e o feminismo negro, com participação de nomes de destaque nacional e internacional. Entre as convidadas estão a escritora moçambicana Paulina Chiziane, autora de Balada de amor ao vento — o primeiro romance publicado por uma mulher em Moçambique —; a socióloga norte-americana Patricia Hill Collins, dona de estudos sobre o feminismo negro; a doutora Jurema Werneck, integrante da ONG Criola; e a filósofa Angela Davis, uma das militantes do movimento negro mais conhecida do mundo.

“Acho que a programação está muito bem composta. Está dialogando com vários tipos de saberes. Teremos aspectos tradicionais, como o debate sobre saúde integral com médicos e benzedeiras. Por outro lado, teremos palestras voltadas mais para o âmbito acadêmico”, continua Jaqueline. A idealizadora destaca do cronograma a primeira vez que Patricia Hill Collins vem ao Brasil e também a participação de Angela Davis exatamente no Dia Internacional da Mulher Negra. “Além disso, teremos os shows”, completa ao citar Elza Soares, Fabiana Cozza e Naná Vasconcelos, algumas das atrações musicais.

Confira a programação do festiva nesta quarta-feira

9h30 — Abertura com saudação à ancestralidade.
10h — Letras e vozes da Diáspora negra com mediação de Raíssa Gomes. Convidadas: Inaldete Pinheiro, literatura negra infanto-juvenil (PE); Nina Silva, literatura feminina negra e erotismo (RJ); Shirley Campbell Barr, literatura feminina negra em Costa Rica e na Diáspora (Costa Rica); e Sulia Maribel Caicedo, literatura afro-equatoriana (Equador).
15h — Perfomance Quadros, de Jessé Oliveira, com as atrizes Vera Lopes e Pâmela Amaro em comemoração ao centenário de Carolina Maria de Jesus.
16h — Conferência de abertura: Diálogos afro-atlânticos com mediação de Ana Flávia Magalhães Pinto. Convidadas: Ana Maria Gonçalves (À força e a fórceps: Mulher negra) e Paulina Chiziane (A identidade africana e as religiões mundiais).

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