Malvino Salvado estreia nos palcos de Brasília com a peça Chuva Constante
À frente do espetáculo, Malvino Salvador e Augusto Zacchi alternam monólogos, marcados pelas dinâmicas e intensidade características do trabalho de Huff
Diego Ponce de Leon
Publicação:07/08/2015 07:01
Felizmente, nem só de musical vive a Broadway. Por vezes, obras ousadas quebram a cantoria e surpreendem o espectador com dramaturgias elaboradas, dispostas não somente a entreter (e trazer à tona aquelas sensações à la Julie Andrews), mas igualmente a provocar.
Caso de Chuva constante, adaptação de Keith Huff que subverteu a cena teatral de Nova York e que aparece por aqui sob os cuidados do diretor Paulo de Moraes, conhecido pelos belos trabalhos do grupo Armazém, uma de nossas mais inventivas companhias.
À frente do espetáculo, Malvino Salvador e Augusto Zacchi alternam monólogos, marcados pelas dinâmicas e intensidade características do trabalho de Huff, que se tornou conhecido dos brasileiros como escritor das séries House of cards e Mad men.
Enredo
Em cena, dois policiais, velhos amigos, revivem um período no qual protagonizaram uma série de eventos que traria consequências irremediáveis. A reação antagônica a esses episódios evoca questionamentos sobre amizade, das relações pessoais e das circunstâncias comuns à vida urbana, como a violência.
Depois de uma bem-sucedida temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo, a peça desembarca em Brasília sob uma condição especial: será a estreia de Malvino Salvador em um palco da capital federal. E ele não quer desperdiçar a oportunidade.
Duas perguntas Malvino Salvador
Será sua primeira vez em um palco brasiliense?
Sim! Estou bem ansioso. Meus colegas sempre elogiam a plateia de Brasília. Fui outras vezes, por conta de eventos de moda, da minha filha, que mora aí, ou ainda de amigos queridos, que também estão no DF, mas nunca tive a oportunidade de atuar. Espero encontrar um teatro lotado.
O espetáculo se baseia em uma peça da Broadway. Não estamos insistindo muito em textos estrangeiros e negligenciando a dramaturgia brasileira?
Não vejo por aí. Uma produção está sempre em busca de bons textos para serem levados aos palcos, independentemente de onde venha. Gosto desta troca cultural que se estabelece, desta busca por qualidade, de cá e de lá. Não se trata, de maneira alguma, de preterir os autores nacionais. Não é um boicote. Estamos em um ambiente livre. Qualquer espetáculo relevante vale ser montado. O que é bom é para ser mostrado.
SERVIÇO
Chuva constante
De Keith Huff. Direção de Paulo de Moraes. Com Malvino Salvador e Augusto Zacchi. No Teatro Unip (913 Sul). Amanhã, às 21h; domingo, às 20h. Ingressos a R$ 40 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 14 anos.
Os atores voltam a encarar o palco juntos, seis anos depois
Felizmente, nem só de musical vive a Broadway. Por vezes, obras ousadas quebram a cantoria e surpreendem o espectador com dramaturgias elaboradas, dispostas não somente a entreter (e trazer à tona aquelas sensações à la Julie Andrews), mas igualmente a provocar.
Caso de Chuva constante, adaptação de Keith Huff que subverteu a cena teatral de Nova York e que aparece por aqui sob os cuidados do diretor Paulo de Moraes, conhecido pelos belos trabalhos do grupo Armazém, uma de nossas mais inventivas companhias.
À frente do espetáculo, Malvino Salvador e Augusto Zacchi alternam monólogos, marcados pelas dinâmicas e intensidade características do trabalho de Huff, que se tornou conhecido dos brasileiros como escritor das séries House of cards e Mad men.
Enredo
Em cena, dois policiais, velhos amigos, revivem um período no qual protagonizaram uma série de eventos que traria consequências irremediáveis. A reação antagônica a esses episódios evoca questionamentos sobre amizade, das relações pessoais e das circunstâncias comuns à vida urbana, como a violência.
Depois de uma bem-sucedida temporada no Rio de Janeiro e em São Paulo, a peça desembarca em Brasília sob uma condição especial: será a estreia de Malvino Salvador em um palco da capital federal. E ele não quer desperdiçar a oportunidade.
Duas perguntas Malvino Salvador
Será sua primeira vez em um palco brasiliense?
Sim! Estou bem ansioso. Meus colegas sempre elogiam a plateia de Brasília. Fui outras vezes, por conta de eventos de moda, da minha filha, que mora aí, ou ainda de amigos queridos, que também estão no DF, mas nunca tive a oportunidade de atuar. Espero encontrar um teatro lotado.
O espetáculo se baseia em uma peça da Broadway. Não estamos insistindo muito em textos estrangeiros e negligenciando a dramaturgia brasileira?
Não vejo por aí. Uma produção está sempre em busca de bons textos para serem levados aos palcos, independentemente de onde venha. Gosto desta troca cultural que se estabelece, desta busca por qualidade, de cá e de lá. Não se trata, de maneira alguma, de preterir os autores nacionais. Não é um boicote. Estamos em um ambiente livre. Qualquer espetáculo relevante vale ser montado. O que é bom é para ser mostrado.
SERVIÇO
Chuva constante
De Keith Huff. Direção de Paulo de Moraes. Com Malvino Salvador e Augusto Zacchi. No Teatro Unip (913 Sul). Amanhã, às 21h; domingo, às 20h. Ingressos a R$ 40 (meia-entrada). Não recomendado para menores de 14 anos.