Com texto e direção de Alberto Bruno, a história da garota pobre, cabocla e linda que foi parar em um bordel dos anos 1940, é contada pelos atores da Companhia da Ilusão. O diretor destaca que Maria Padilha, anjo e demônio surgiu da vontade de saber a realidade por trás dos mitos que rondam a história e da premissa de que o amor é um tema sempre atual.

 

“O amor é acompanhado pelo sonho mais primário de todas as mulheres: casar-se e ter filhos. Embora a protagonista carregue o estigma de prostituta, luta, com todas as forças para alcançar essa vontade”, conta Alberto. A peça retrata a luta de Maria Padilha contra as injustiças de sua época. “A trama retrata também os sonhos que sobrevivem no íntimo de cada prostituta e a espera desse amor. O processo foi muito prazeroso, pois tivemos que começar pelos estudos da historicidade a fim de prepararmos os atores para respirar a atmosfera de um Brasil distante.”

 

No palco, 30 atores e músicos se desdobram para apresentar um espetáculo pulsante, com ares de musical e grande carga dramática. A trilha sonora, um charme a mais, é executada ao vivo.

 

O figurino do espetáculo foi criado de maneira sustentável, sendo todo construído a partir do desmonte de roupas retiradas do acervo da companhia, sem perder o luxo dos grandes bordéis de 1940. 

 

Montagem da Companhia da Ilusão, dirigida por Alberto Bruno. Teatro Brasília Shopping. De hoje a domingo, às 20h. Ingressos: R$ 40 (inteira) e R$ 20 (meia). Não recomendado para menores de 16 anos.