Desde o DVD 2011, com a retrospectiva de sua trajetória, o grupo Demônios da Garoa vem comemorando sete décadas de carreira. Faz sentido: até porque é o mais longevo o grupo vocal do samba, gênero musical brasileiríssimo que está celebrando o centenário neste ano.

 

Hoje e amanhã, às 20h, e domingo, às 19h, Sérgio Rosa (vocal e afoxé), Izael (vocal e timba), Ricardinho (vocal e pandeiro), Canhotinho (vocal e cavaquinho) e Dedé Paraízo (vocal e violão 7 cordas) se apresentam no Teatro da Caixa, mostrando, além da vocalização característica, arranjos bem estruturados e o conhecido bom humor.

 

Nos shows do conjunto paulistano, os momentos mais aguardados são as músicas compostas por Adoniram Barbosa, entre as quais Saudosa maloca, Iracema, Samba do Arnesto, As mariposa e Tiro ao Álvaro, que o ajudaram a vender mais de 10 milhões de discos — entre 60 rotações, compactos simples, compactos duplos, 34 LPs e 13 CDs.

Sou filho de Arnaldo Rosa, um dos fundadores do grupo, e, desde 1981, integro a segunda formação. Da atual, fazem parte os meus filhos Ricardinho (vocal e pandeiro) e o Sérgio Júnior (percussão), que são da terceira geração da família Rosa.

O Adoniram, embora tivesse fama de ranzinza, era muito engraçado e brincalhão. Tem coisas que pouca gente sabe dele. Adoniran, que foi morador do Bexiga, quando compôs Trem das Onze, residia em Santo Amaro e não em Jaçanã, como escreveu na letra do samba que é a cara de São Paulo.