Música e dança compõem o ambiente da peça 'Confluência das coisas in(úteis)'
A poesia de Manoel de Barros dá o norte da coreografia do espetáculo

O espetáculo Confluência das coisas in(úteis) traz como pesquisa a poética de Manoel de Barros aliada à poesia Chão, de Ondjaki, fonte inspiradora para a concepção da coreografia. A plateia mergulha na metáfora de identificação como símbolo que representa a busca de uma identidade única.
A coreógrafa Cleani Marques conta que Confluência das coisas in(úteis) é composto por diversas dimensões estéticas — música, dança, vídeo e artes plásticas, cujo intuito é provocar novas reflexões e pensamentos do espectador por meio da apreciação pessoal.
Tudo que o espectador observar no espetáculo será filtrado por cada um à sua maneira, condicionado à história de vida que, por sua vez, gera uma multiplicidade de significados e sentidos.
“Diante da interação entre palco e plateia cria-se, através da estética da dança, um caminho de comunicação não verbal que perpassa por percepções profundas do indivíduo, muitas vezes não experimentadas no cotidiano”, afirma a coreógrafa. Cleani acrescenta que a apreciação torna o ser mais sensível, criativo, singularmente expressivo e isso tudo leva à construção de sua própria identidade pessoal.
“A mistura se dá pela expressão poética de construção e desconstrução de significados da qual as obras deste dois poetas me remetem”, comenta.
Serviço
Confluência das coisas in(úteis)
Teatro Plínio Marcos (Funarte). Hoje e amanhã, às 20h; e domingo às 19h. Entrada franca.
Classificação indicativa livre.