Brasília-DF,
17/MAR/2024

Musical traz sucessos dos Mamonas Assassinas

Peça resgata a trajetória do alegre grupo capitaneado por Dinho

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Irlam Rocha Lima Publicação:14/10/2016 07:00Atualização:13/10/2016 18:09
A irreverência de faixas como 'Sabão crá-crá' e 'Pelados em Santos' volta aos palcos (Arquivo Pessoal/Divulgação)
A irreverência de faixas como 'Sabão crá-crá' e 'Pelados em Santos' volta aos palcos
 
Brasília, onde há 20 anos os Mamonas Assassinas fizeram sua última apresentação, recebe neste fim de semana o espetáculo em tributo à banda paulistana, que se transformou num fenômeno do showbizz nacional. Amanhã, às 21h, no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, o público vai poder recordar dos hits e das peripécias criados em cena por Dinho, Bento, Samuel, Júlio e Sérgio.
 
Depois de cumprir temporadas de sucesso em São Paulo e no Rio de Janeiro, Musical Mamonas saiu em turnê pelo país contando a trajetória do grupo que, com pouco mais de um ano de existência, entrou para a história do rock nacional, por vender 3 milhões de cópias de um único disco e reunir multidões para assistir aos shows.
 
Os atores Ruy Brissac, Adriano Tunes, Yudi Tamashiro, Elcio Bonazzi e Arthur Ienzura dão vida ao quinteto que teve carreira apoteótica e foi vitimado num acidente aéreo, na Serra da Cantareira, próximo à capital paulista. O grupo voltava para casa, depois de levar à histeria 5 mil adolescentes, no Estádio Mané Garrincha, em março de 1996.
 
Mamonas, criado por Waltert Daguerre — o mesmo autor de Jim o musical (tributo a Jim Morrison, vocalista e líder do The Doors) — tem direção do consagrado José Possi Neto. Quando a cortina se abre, a banda parece num lugar semelhante ao céu. Ali, recebe a missão de contar a própria história.
 
Na peça, são destaques, obviamente, músicas que fazem parte da memória afetiva de muita gente, como Vira vira, Sabão crá-crá, Chopis Centis, Robocop gay e Pelados em Santos, para as quais o diretor musical Miguel Briamonte criou arranjos, além de compor canções originais e paródias, com a colaboração do elenco. Vanessa Guillen criou as coreografias; Fábio Namatame assina os figurinos; enquanto Nello Marrense e Wagner Freira são responsáveis pelo cenário e pela luz, respectivamente.

Três perguntas Ruy Brissac
 
Que relação você tinha com a história do Mamonas?
Quando eles estouraram, eu tinha apenas 6 anos. Era uma criança que vivia brincando na rua. Não parava muito em frente à tevê, mas não tinha como não se contagiar com eles no Gugu ou no Faustão quando sentava no sofá pra almoçar. Sempre gostei de rock e me identifico muito com a história do Dinho, mas só soube isso no processo do musical.

No seu entender, que importância a banda teve para o rock brasileiro?
Foi uma banda irreverente que balançou o cenário fonográfico. Era uma mistura de vários ritmos mas sempre predominando o rock. Eles contagiavam a todos. Eles eram únicos. Mostraram que o rock não precisa ser sempre depressivo, mas sim alegre.

Que tipo de reação o público vem tendo, nos locais onde o musical é apresentado?
Muita emoção! As pessoas dão muito carinho pra gente. Cada um se emociona de uma forma, pois remetem a lembranças da infância, uma época sem preocupações. Quando entro em cena pela primeira vez, as pessoas se assustam. Sempre ouço vários murmúrios de espanto por eu ser parecido.

SERVIÇO
Musical Mamonas
Espetáculo com 150 minutos de duração, amanhã, às 21h, no Auditório Master do Centro de Convenções Ulysses Guimarães (Eixo Monumental). Ingressos: R$ 60 (poltrona gold), R$ 50 (poltrona especial), R$ 25 (poltrona superior). Valores referentes à meia entrada. Ponto de venda: G2 do Brasília Shopping. Assinantes do Correio têm 50% de desconto na compra de até quatro ingressos. Não recomendado para menores de 12 anos.


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