Teatro dos seres imaginários terá 48 sessões a cada fim de semana

Foi um livro argentino de Jorge Luís Borges e Margarita Guerrero que inspirou a peça Teatro dos seres imaginários, em cartaz na Caixa Cultural. O roteiro, no entanto, não é uma adaptação fiel de O livro dos seres imaginários. “É mais uma inspiração do que adaptação. Não estão contadas as histórias do livro e o próprio Borges virou um personagem”, explica o diretor do espetáculo, Cacá Sena.

A peça utiliza a linguagem do teatro de bonecos para apresentar os personagens. O diretor Cacá Sena tem uma longa carreira no gênero, com passagens pela televisão e pelo cinema (em atrações como TV Globinho e Castelo Rá-Tim-Bum).

Cacá conta que o espetáculo tenta levar as influências do livro para outro espaço. “É um universo da imaginação esse universo do além, tanto que, mesmo antes de a gente começar a performance, uma determinada estranheza também já aparece no público”, comenta.

Como o público precisa literalmente colocar a cabeça dentro do cenário, cada sessão, que tem 10 minutos, pode ser vista por apenas 18 pessoas. “Isso ocorre justamente pelo tamanho do cenário, porque nós não poderíamos fazer um cenário muito grande, porque os bonecos ficariam pelas beiradas e eles têm que estar no centro. Mas essa proximidade só reforça a nossa proposta”, acredita Cacá.

Serviço
Teatro dos seres imaginários
Jardim das Esculturas da Caixa Cultural (SBS, Quadra 4, Lotes 3 e 4 - Edifício anexo à matriz da Caixa). Até 16 de abril. 16 sessões por dia. Sextas, das 18h às 22h. Sábados e domingos, das 17h às 21h. Entrada franca. Não recomendado para menores de 10 anos.