O espetáculo Pensamentos nus, criado pela Cia. Corpo Contramão, se inspirou em um livro de poemas e fotografias. A apresentação mistura circo, dança, música e teatro no palco e, entre as múltiplas linguagens, o foco é apenas um: mostrar que viver é desnudar-se.

 

A ideia do grupo é rasgar as vestes do corpo e da alma para se expor sem restrições ao público, destacando, em sua criação, a proposta de se despir de preconceitos e vaidades desnecessárias. 

 

A diretora Lua Barreto conta que seu processo de direção é colaborativo Ae baseado em improvisações. A multiplicidade de linguagens em cena é resultado da formação da própria cia., que tem componentes com formação artística variada.

 

“Mesmo sendo formado por quadros, sem um encadeamento linear, sem contar uma história, ele possui um desenvolvimento no sentido de naturalizar a nudez gradativamente. O corpo humano vai se desvelando aos poucos, permitindo ao espectador enxergar a nudez sob outro prisma.”, afirma a diretora.

 

No início da peça, os artistas mostram o estresse da vida atual com o poema Desabafo, que contrasta, mais adiante, com a calma trazida pelo campo em Natureza nua. Nesta primeira aparição os corpos estão desconstruídos, remontados em formas inumanas. Aqui, a pesquisa foi desenhar uma forma no espaço que quebrasse a forma humana dos corpos. Não são corpos nus, são simplesmente formas se deslocando no espaço.

 

SERVIÇO 

Teatro Plínio Marcos (Funarte). Sexta (16) e sabado (17) às 20h, e domingo, às 19h. Os ingressos custam R$ 20 (meia-entrada) e R$ 40 (inteira). Não recomendado para menores de 18 anos.