Obra de Jô Bilac, peça 'Os mamutes' tem encenação no Núcleo Bandeirante
Dirigida por Rita de Almeida Castro, a obra de Jô Bilac carrega crítica ao capitalismo, corrupção e autoafirmação.
Jô Bilac tinha apenas 18 anos quando escreveu Os mamutes. Com humor ácido e texto instigante, o dramaturgo logo ganhou popularidade e, nesta sexta-feira (23/6), figura entre as mais importantes personalidades do teatro do país. Um grupo de atores brasilienses resgata o espetáculo de estreia do carioca em releitura dirigida por Rita de Almeida Castro.
É da mente da garota Isadora (Isabella de Andrade) que nasce a história. Ela começa pela busca por emprego de Leon (Guilherme Mayer), personagem que barganha uma vaga na Mamute's Fast Food, lanchonete que vende hambúrguer de carne humana.
Para conseguir o emprego e conseguir a moral com a família, ele precisa matar um mamute. À primeira vista, o enredo pode soar absurdo. Mas tudo serve como metáfora para que o elenco divague sobre questões como o capitalismo exacerbado, corrupção e autoafirmação.
A grande mudança em relação ao original é espacial. “Jô Bilac escreveu o texto para um teatro e nós o levamos a um museu”, explica Guilherme Mayer. Segundo o ator, essa alteração deixou o resultado final mais dinâmico. A nova versão de Os mamutes será apresentada de hoje até a próxima quarta no Museu Vivo da Memória Candanga.
Serviço
Os mamutes
No Museu Vivo da Memória Candanga (EPIA Sul, SPMS, Lt. D, Núcleo Bandeirante; 98114-1706). De sexta-feira (23) a quarta (28), às 20h. Entrada franca. Livre para todas as idades. Um ônibus sai do Departamento de Artes cênicas da UnB, às 19h, em direção ao museu.