Única ópera escrita por Ludwig van Beethoven, Fidelio ocupa o palco do teatro da Escola de Música de Brasília (EMB) até domingo, com uma montagem atualizada produzida por Hugo Lemos e sob a batuta do maestro Artur Soares. A ópera, que originalmente se passa no século 16, foi adaptada para o século 20 e será acompanhada por uma orquestra de 36 músicos, um coro de 22 cantores e sete solistas responsáveis pelos papéis do libreto.

Fidelio narra a história de Leonor, mulher que se disfarça de homem para tentar encontrar o marido confinado em uma prisão por causa de uma briga política. No papel principal, revezam-se as sopranos Janette Dornelas e Erika Kallina. A ópera é pautada por um contexto político, mas é, sobretudo, uma obra lírica na qual é possível perceber todas as nuances do Beethoven da 5ª e da 9ª Sinfonias.

 

“Beethoven não era essencialmente um compositor lírico e, nessa época, já era um virtuose do piano e começava a ser reconhecido como compositor”, avisa o maestro Artur Soares, que rege a Orquestra e Coro da Capital Phillarmonia. “Nessa peça, ele se funda muito em obras do período clássico francês.”

 

Assinado por Hyandra Ello, o cenário é inspirado na obra de Maurits Corneli Escher, mestre do ilusionismo gráfico e que ainda era vivo nos anos 1960, período durante o qual se passa a adaptação da ópera. A produção contou com verba de R$ 200 mil do Fundo de Apoio à Cultura (FAC).

  

Fidelio

Com Orquestra e Coro da Capital Philarmonia.Teatro da Escola de Música de Brasília (602 Sul Projeção D Parte A). Sexta, sábado e domingohã e domingo, às 19h. Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia-entrada).