Ao ler Cem anos de solidão, do Nobel Gabriel García Marquez, a complexidade e o surrealismo dos personagens chamam a atenção. Foi pensando nesse registro que, nos anos 1930 e 1940, o fotógrafo e jornalista colombiano Leo Matiz clicou as fotos que compõem Matiz-Gabo, os cronistas de Macondo, exposição em cartaz na galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil até 24 de setembro.

 

Matiz-Gabo, os cronistas de Macondo reúne 25 fotografias em preto e branco. “São registros impressionantes. A gente pensa que o realismo fantástico da obra de García Marquez é uma coisa só da ficção, mas Matiz mostra que essas pessoas existem na nossa terra. As imagens trazem um diálogo entre as obras de Matiz e García Marquez, que eram da mesma cidade”, afirma Diana Bueno, adida cultural da embaixada da Colômbia, órgão que produz a mostra. Diana ressalta ainda que a exposição comemora o centenário de Matiz e os 50 anos de Cem anos de solidão.

 

A técnica de Matiz também chama a atenção, além da temática. “Ele pegou uma (câmera) Rolleiflex e saiu à procura dos personagens. As fotos são todas em preto e branco e têm essa magia especial da fotografia daquela época”, afirma Diana. O acervo exposto em Matiz-Gabo, os cronistas de Macondo é da Fundação Leo Matiz, com sede na Cidade do México e em Bogotá.

Matiz-Gabo, os cronistas de Macondo

Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil. Até 24 de setembro, de terça a domingo, das 9h às 21h. Entrada franca. Classificação livre.