Festival reverencia movimento Tropicália com Tom Zé, Céu e Pato Fu
Quanto mais Tropicália melhor traz Céu, Tom Zé e Pato Fu no CCBB
Irlam Rocha Lima
Publicação:01/09/2017 06:00Atualização: 31/08/2017 18:09
Céu comemora o fato de não estar presa a nenhum rótulo musical
Movimento que na segunda metade dos anos 1960, em plena da ditadura militar, impactou o ambiente da MPB, o tropicalismo propôs a fusão de manifestações da cultura tradicional do país com elementos do pop rock internacional. Embora tivesse utilizado outras linguagens, como as do cinema, do teatro e das artes plásticas, foi na área da música que obteve um eco maior.
Cinquenta anos depois é reverenciado como um dos marcos do vanguardismo na história das artes no Brasil. Sábado e domingo, a partir das 18h, o brasiliense pode apreciar uma espécie de retrospectiva do que foi produzido com o festival Quanto mais tropicália melhor, na área externa do Centro Cultural Banco do Brasil.
Neste sábado, se apresentam a cantora Céu e o cantor e compositor Tom Zé, que formou na linha de frente da Tropicália, ao lado de Caetano Veloso e Gilberto Gil. No domingo, sobem ao palco Pedro Luis e A Parede e o Pato Fu, grupos que, de alguma forma, beberam na fonte do movimento.
“Ter a liberdade de transitar por diferentes rótulos e poder sentir a música de forma mais experimental” é como Céu sente ao se relacionar com a Tropicália. “É uma delícia mergulhar nesse universo, que respeito tanto. Participar do festival é uma oportunidade valiosa”.
Serviço
Quanto mais Tropicália melhor
Área externa do CCBB. Sábado, shows de Tom Zé e Céu, às 18h; domingo, shows de Pato Fu e Pedro Luis e A Parede, às 18h. Ingressos: R$ 20 e R$ 10 (meia), à venda no local. Não recomendado para menores de 16 anos.