Otto está inconformado. A atual situação política do país é um assunto que tira completamente o artista do prumo. Ele, então, aproveitou todo esses sentimentos e os transformou em poesia, em música. Mais especificamente em seu novo disco, Ottomatopeia, após um hiato de cinco anos sem lançar um álbum. No sábado (2/9), o pernambucano apresenta o trabalho, na área externa do Museu Nacional da República, como parte da programação musical do festival Cena Contemporânea.

 

“Eu não quis ser panfletário na minha arte. Quis captar esse sentimento de uma forma que a gente possa dizer: 'Olhe, a mim, tu não enganas'. A gente vive o ápice de uma hipocrisia, e quando a hipocrisia chega ao ápice, ela derruba”, afirma o cantor. No repertório integra canções novas, incluindo Bala e Meu dengo (com participações de Roberta Miranda e Céu), além de sucessos.

 

O mineiro Lô Borges se apresenta, domingo, com o cultuado Disco do tênis. O álbum, que completou 45 anos em 2017, nunca tinha sido tocado ao vivo até a turnê atual, porque, logo depois de gravá-lo, o cantor fez uma pausa na carreira. “É isso que o tênis quer dizer na capa. Simbolizava que eu estava largando a música naquele momento. Eu não queria sobreviver de música, eu queria que a música sobrevivesse em mim”, disse em entrevista ao Correio sobre o aniversário do projeto.

Programação musical do Cena Contemporânea

Área externa do Museu Nacional da República (Esplanada dos Ministérios), a partir das 20h. 1º de setembro, sexta, show com o pernambucano Otto. 2 de setembro, sábado, o mineiro Lô Borges é a atração. Entrada franca. Classificação indicativa livre.