Caixa Cultural apresenta o espetáculo premiado 'Vaga carne'
O espetáculo é da atriz Grace Passô e estará na Caixa nestes sábado e domingo
Isabella de Andrade - Especial para o Correio -
Publicação:15/09/2017 06:01Atualização: 15/09/2017 09:49
Ao fim, uma plateia em silêncio. Passô mostra que o teatro é uma experiência coletiva e que cada criação ganha inúmeras possibilidades e caminhos por meio da escuta, da observação e da sensação despertada de maneira diversa em cada espectador.
Ao ocupar o corpo da atriz, a voz se questiona a respeito do que lhe parece mais palpável e presente naquela pele: racismo, machismo, pertencimento. Vaga carne fala daquilo que é urgente sem se tornar panfletário.
A força da palavra e a potência do discurso bem construído ganham destaque em Vaga carne, premiado espetáculo da atriz e dramaturga Grace Passô. Uma voz transita pelo espaço e invade o corpo de uma mulher, tornando-se cúmplice das vivências e experimentando os próprios questionamentos por meio do corpo que habita.
Grace utiliza as palavras de maneira rica e bem trabalhada. As experiências de uma mulher e os questionamentos da voz que invade o corpo protagonizam importante espaço de experiência muito além do entendimento racional. Vaga carne desperta sensações. É possível distinguir os diferentes ritmos, a presença de um fraseado que dança na voz da autora.
Grace Passô quer criar a própria linguagem, tornar a narrativa eficaz, um espaço de diálogo constante. No início, o teatro em escuridão completa a sensação de ouvirmos com atenção plena a voz suave e cheia de entonações que passeia por nossos ouvidos.
Grace Passô quer criar a própria linguagem, tornar a narrativa eficaz, um espaço de diálogo constante. No início, o teatro em escuridão completa a sensação de ouvirmos com atenção plena a voz suave e cheia de entonações que passeia por nossos ouvidos.
Ao fim, uma plateia em silêncio. Passô mostra que o teatro é uma experiência coletiva e que cada criação ganha inúmeras possibilidades e caminhos por meio da escuta, da observação e da sensação despertada de maneira diversa em cada espectador.
Ao ocupar o corpo da atriz, a voz se questiona a respeito do que lhe parece mais palpável e presente naquela pele: racismo, machismo, pertencimento. Vaga carne fala daquilo que é urgente sem se tornar panfletário.
SERVIÇO
Vaga carne
Caixa Cultural (SBS Q.2 lts ¾). Hoje e amanhã, às 20h, e domingo, às 19h. Ingressos a R$ 10 (inteira). Não recomendado para menores de 14 anos.