'O amor que habito' fala sobre o sentimento mais popular e misterioso da humanidade
Da cia. Coletiva de Teatro, o espetáculo buscou referências em diferentes autores para debater o amor
Vinicius Nader
Publicação:06/04/2018 06:00Atualização: 05/04/2018 15:27
![O amor foi tema de pesquisa que deu corpo ao espetáculo 'O amor que habito', da cia. Coletiva de Teatro (Thiago Sabino/Divulgação) O amor foi tema de pesquisa que deu corpo ao espetáculo 'O amor que habito', da cia. Coletiva de Teatro (Thiago Sabino/Divulgação)](http://imgsapp.df.divirtasemais.com.br/app/noticia_133890394703/2018/04/06/159983/20180405152343333914a.jpg)
O amor foi tema de pesquisa que deu corpo ao espetáculo 'O amor que habito', da cia. Coletiva de Teatro
De William Shakespeare a Zygmunt Bauman, passando por José Saramago. O amor, em suas diversas leituras e formas, foi tema do trabalho desses e de outros autores que serviram como inspiração para a Cia. Coletiva de Teatro criar o espetáculo O amor que habito, em cartaz no Centro Cultural Banco do Brasil.
“Esses autores foram nossa base, nossa inspiração. Eles são referências, mas a dramaturgia é nossa e vem de um processo de pesquisa que começou em 2015”, ressalta o ator Nei Cirqueira. No início, o tema era encontros com a alma, mas o caminho foi tomando outro rumo, especialmente depois de o grupo se deparar com o inusitado amor de Saramago, em As intermitências da morte.
Em cena, Nei e os colegas Jorge Marinho, Pedro Lopesi e Xande Martinelli se revezam na pele de quatro personagens. A ação gira em torno da protagonista Ana Luiza, moça apaixonada que sofre uma desilusão e passa, então, a questionar a relação dela com o amor. Ana Luiza contracena com um porteiro, um coveiro e uma idosa. “A liquidez dos amores modernos aparece na troca de personagens, que acontece na frente do público”, comenta Nei.
Além da trama de Ana Luiza, o público de O amor que habito acompanha as histórias dos próprios atores. Nei, Pedro, Jorge e Xande despem-se de personagens e contam histórias particulares que viveram. “Esse é um caminho muito interessante que a arte vem assumindo. Acaba nos aproximando do público. Na verdade, a arte sempre captou o que está ao nosso redor, mas agora é a voz do ator — e não a do personagem — que pode ser percebida”, reflete Nei.
SERVIÇO
O amor que habito
Galeria 4 do Centro Cultural Banco do Brasil. Até 15 de abril. De quinta a domingo, às 20h30. Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos.