Mostra 'Migrações' aborda os deslocamentos urbanos pela amizade
A migração e a amizade unem os artistas do grupo Oicos que assinam exposição na Pé Palito
O que une os oito artistas do grupo Oicos é a amizade e uma grande vontade de viver de arte. Cada um tem a produção individual, mas é como grupo que eles conseguem viabilizar exposições como Migrações, em cartaz na Pé Palito.
Radicados no Ceará, embora nem todos sejam cearenses, Cecilia Bichucher, Cláudio Quinderé, Nícia Bormann, Túlio Paracampos, Vera Dessart, Vera Sampaio Dessart e Wilson Neto encontram na força da coletividade o combustível para produzir. Migrantes, entendem os deslocamentos como questão inevitável a ser tratada também na produção e transitam pelas mais variadas técnicas, da pintura e do desenho ao bordado e à cerâmica.
"Nosso objetivo é fazer uma arte sem compromisso com mercado ou com padrões estéticos", avisa a curadora Ignez Fiuza, também integrante do coletivo. Para Migrações, eles trouxeram mais de 50 trabalhos.
Estão lá as esculturas que vieram das joias do designer Claudio Quinderé, a cerâmica brutalista de Túlio Paracampos, os objetos construídos com fragmentos de jangadas de Vera Dessart e as aquarelas de Cecília Bichucher. "Não temos uma linguagem única. Há uma interferência de um no outro, embora ninguém perca sua identidade. O que nos une é a amizade", avisa Ignez.
Serviço
Migrações
Pé Palito Antiquário & Arte (Shopping Iguatemi SHIN CA 4 Lago Norte). Visitação até 16 de julho, de segunda a sábado, das 10h às 22h, e domingo, das 14h às 20h. Classificação livre.