'O vazio é cheio de coisa' mostra a relação entre o masculino e o feminino nos dias de hoje
Espetáculo solo da dançarina e acrobata Poema Mühlenberg conta com a companhia apenas de um bambu
No palco, Poema Mühlenberg está sozinha, acompanhada apenas de um bambu. Mas a dançarina e acrobata não está nada solitária em O vazio é cheio de coisa, espetáculo com o qual ela e a Cia. Nós no Bambu comemoram 15 anos de carreira.
A companhia de Poema é o público e as reflexões e múltiplas interpretações geradas pela coreografia de Edson Beserra para o primeiro solo da trajetória da Nós no bambu. "O vazio é cheio de coisa não tem texto, mas é pleno de imagens. Isso dá espaço para o público criar a narrativa junto comigo em cima do imagético", afirma Poema.
Para a dançarina e acrobata, uma das interpretações trazidas em O vazio é cheio de coisa é a relação entre o masculino e o feminino nos dias de hoje, com as mulheres mais empoderadas, fortes. A própria forma do bambu lembra as duas forças. "Não é uma disputa. O masculino e o feminino são eixos complementares. Há momentos de tensão, mas o caminho é para o encontro", conta.
Serviço
O vazio é cheio de coisa
Teatro Plínio Marcos (Funarte). Sexta (5/10) e sábado (6/10), às 20h; domingo (7/10), às 19h. Ingressos a R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Não recomendado para menores de 14 anos.