Arte e tecnologia andam juntas há muito tempo, mas é sempre uma surpresa quando as duas se encontram. É um pouco isso que ocorre em A-riscado ACT: Arte, ciência e tecnologia, em cartaz no Museu Nacional da República. Com curadoria de Wagner Barja e Gilberto Lacerda Santos, a exposição reúne 16 artistas cujas obras nasceram a partir da manipulação de tecnologias que vão desde a fundição até a computação gráfica.

As obras convidam o visitante a mergulhar em um universo que vai além da simples contemplação. Com algumas, é preciso interagir. 

“É uma exposição arriscada, a gente está misturando campos que plantam dúvidas, que é um papel meio paradigmático da arte contemporânea”, avisa Wagner Barja. “Mas há princípios da ciência que nos movem, como artistas, como o caos. São conceitos que existem na exposição e só podem ser lidos lá.”

A-riscado ACT: Arte, ciência e tecnologia foi possível graças ao patrocínio de R$ 400 mil do Fundo de Apoio à Pesquisa (FAP). Segundo Barja, é raro que instituições de ciência e tecnologia patrocinem arte, mas muitos dos artistas convidados trabalham com esse diálogo desde a universidade, inclusive em pesquisas estruturadas dentro dos centros acadêmicos.

A-riscado ACT: Arte, Ciência e Tecnologia

Exposição de Allan de Lana, Alexandre Rangel, André Severo, Arthur Cordeiro, Cirilo Quartim, João Angelini, Márcio Vilela, Márcio Mota, Miguel Ferreira, Miguel Simão, Milton Marques, Tânia Fraga, Frederico Krause, Isa Sara Rego, Leona Raio Laser e Tarcísio Paniago. no Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul). Visitação até 13 de janeiro, de terça a domingo, das 9h às 18h.