Há 58 anos, milhares de pessoas embarcaram no complexo desafio de migrar para o Planalto Central em busca de construir uma nova cidade. Mais do que a força de trabalho, essas pessoas deixaram no solo de Brasília histórias, identidades e especialmente cultura. O forró foi um desses traços que marcaram a presença musical da cidade e até hoje congrega os ritmos do baião, arrasta-pé, xote e tantos outros.

Para celebrar o Dia do Forró —  em 13 de dezembro —, o Festival Rojão de Brasília levará à área externa do Museu Nacional atrações de peso do gênero, tudo de graça. “A principal ideia é que os mestres do forró e as pessoas que trabalham com forró tenham papel de protagonistas e sejam destaques de uma celebração de tamanho grande. Este ano mudamos para o museu, é gratuito, tem eventos de literatura, bate-papo. A cultura do forró vai além da música”, explica Sara Loiola, uma das idealizadoras do evento, que caminha para a 6ª edição.

A mulher também comenta que o festival surgiu em 2011 de forma orgânica, tendo a primeira edição realizada na Rodoviária e migrando para expandir a voz dessa vertente cultural. “Brasília é uma cidade construída pelas mãos de pessoas do Nordeste que tinham como trilha sonora o forró. As cidades têm essa base muito forte do forró, temos forró em todos os ambientes, de todas as cidades da capital, seria impossível simplesmente ignorar toda essa história”, completa Sara.

Entre as atrações estarão nomes como Junior Ferreira, o Trio balançado, Forró do B, Sabrina Vaz e Os três do Nordeste. Além da música, durante a tarde também haverá painéis com especialistas para discutir o gênero centenário.

Conic (Setor de Diversões Sul). Sexta, a partir das 17h. Entrada franca. Não recomendado para menores de 18 anos.