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30/OUT/2024

Turismo artístico: Descubra quais exposições visitar em Brasília

Um roteiro para o brasiliense e para quem está de passagem pela cidade aproveitar o melhor das artes plásticas

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Nahima Maciel Publicação:28/12/2018 06:02Atualização:27/12/2018 13:58

 (Bárbara Cabral/Esp. CB/D.A Press)

 

Há exposições para todos os gostos neste fim de semana no DF. Da xilogravura popular à arte contemporânea, do modernismo italiano às fotorreportagens sobre Brasília —  é possível ver um pouco de tudo e ainda fazer turismo. O Divirta-se Mais preparou uma seleção com algumas exposições que levam o público a outros tempos e a outras narrativas, ao mesmo tempo em que proporcionam um passeio pela cidade.

 

A reforma do olhar possível

Fotografias de Luis Humberto. Abertura nesta sexta, às 19h30, no Galeria Acervo do Museu Nacional da República (Setor Cultural Sul, lote 2 Esplanada dos Ministérios). Visitação até 6 de janeiro, de terça a domingo, das 9h às 18h30.

 

Fotógrafo que registra Brasília desde os anos 1960, Luis Humberto precisou mudar a maneira como olhava para objetos e paisagens quando ficou sem andar em consequência do mal de Parkinson. Limitado à cadeira de rodas, ele passou então, a fotografar de outra perspectiva. Essas imagens foram reunidas em A reforma do olhar possível.

 

Fotografia do acervo de 'A reforma do olhar possível' (Luís Humberto/Divulgação)
Fotografia do acervo de 'A reforma do olhar possível'
 

W3 divergentes Brasílias

De Zuleika Souza. Visitação até 3 de fevereiro, no Espaço Renato Russo (508 Sul).

 

Em fotos ampliadas em grandes dimensões e plotadas na parede, a fotógrafa registra cenas da W3 captadas ao longo dos anos como se fossem uma grande reportagem. A exposição foi idealizada para o Espaço Cultural Renato Russo. O local, além de ser o principal ponto da cultura na W3, também faz parte da memória afetiva da fotógrafa.

 

Fotografia faz parte da exposição 'W3 Divergentes Brasília', de Zuleika Souza (Zuleika Souza/Divulgação)
Fotografia faz parte da exposição 'W3 Divergentes Brasília', de Zuleika Souza
 

 

A xilogravura  popular: Xilógrafos, poetas e cantadores

Exposição de xilogravura. Curadoria: Edna Pontes e Fábio Magalhães. Visitação até 10 de fevereiro, de terça a domingo, das 9h às 18h30, no Museu da República.

 

A história da xilogravura é contada em 300 obras nesta exposição que reúne da produção popular à erudita e tem curadoria de Edna Pontes e Fábio Magalhães. O cordel foi responsável por popularizar a xilogravura com as histórias mitológicas narradas em forma de versos. Na exposição, estão presentes os tradicionais J.Borges, Dila e Mestre Noza, mas também Samico, Ariano Suassuna e Efraim de Almeida.

 

'A xilogravura  popular: Xilógrafos, poetas e cantadores' apresenta a história da tradicional arte brasileira (Dila/Museu Nacional/Divulgação)
'A xilogravura popular: Xilógrafos, poetas e cantadores' apresenta a história da tradicional arte brasileira
 

 

Intempéries permanentes

De Matias Mesquita. Curadoria: Cinara Barbosa. Visitação até 23 de fevereiro, de segunda a sexta, das 12h às 19h, e sábado, das 10h às 15h, na Referência Galeria de Arte.

 

As pinturas sobre placa de alumínio e cimento são desdobramentos do trabalho que Matias Mesquita desenvolve há alguns anos. Sempre com a temática do céu e das nuvens, o artista propõe que o público pense sobre os contrastes. A efemeridade da nuvem em contraposição à ideia da matéria sólida e imóvel é uma ideia imediata que emerge dos trabalhos. Mas Matias vai além. “Para mim, é um processo ilusório, porque a nuvem, em uma questão de segundos, se torna outra coisa: é uma ilusão de capturar o que não é capturável”.

 

Obra da exposição 'Intempéries permanentes' (Matias Mesquita/Divulgação)
Obra da exposição 'Intempéries permanentes'
 

 

Classicismo, realismo, vanguarda: Pintura italiana no entreguerras

Curadoria: Ana Magalhães. Visitação até 20 de janeiro de 2019, de terça a domingo, das 9h às 21h, no Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB — Setor de Clubes Sul, Trecho 2, Lote 22). Entrada gratuita mediante retirada de ingressos na bilheteria.

 

Com 67 obras selecionadas pela curadora Ana Magalhães, a exposição mergulha na arte moderna italiana produzida por nomes, como Amadeo Modigliani, Giorgio De Chirico, Carlo Carrà, Afro Basaldella, Felice Casorati e investiga como esses artistas beberam na tradição para criar uma nova linguagem. Todas as obras pertencem ao Museu de Arte Contemporânea da Universidade de São Paulo (MAC/USP). Segundo a curadora, é importante entender que a arte moderna italiana não existiu enquanto um movimento organizado. “Durante muito tempo, essas obras foram lidas dentro de uma tendência da arte moderna na Itália, que eram chamadas de tendência do novecento. Era mais voltada para o estudo da tradição artística italiana que retomava determinados valores da arte clássica, com uma pintura de caráter mais figurativa. Mas, no fim, temos muitas vertentes da pintura italiana desse período”, avisa Ana.

 

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