A exposição In vitro apresenta o olhar infantil da artista Leo Coimbra

O gabinete de curiosidades de Leo Coimbra tem origem nas memórias da infância. É no tempo que ela busca o sentido dos objetos utilizados na exposição In vitro, em cartaz no Museu Nacional da República. Construídas com potes de vidro dentro dos quais há toda uma coleção de objetos, In vitro tem origem no desejo infantil que Leo lembra ter cultivado, especialmente quando se trata do fascínio por miniaturas.

Como se fossem colagens e assemblages, as instalações são o que a artista chama de memórias em conserva. "São vidrinhos que utilizo para guardar minhas histórias de vida", conta. 

Dentro, há de pequenos papéis cheios de significados como ingressos, passagens e entradas de espetáculos a conchas, fios, pedras, linhas e outros ingredientes mais orgânicos. "Essa exposição veio da ideia da Leo criança, que se deslumbrava com coisas pequeninas", conta a artista, que há 10 anos trabalha na coleta dos objetos para o projeto In vitro. 

"O grande objetivo dessa exposição são as crianças. É meu olhar infantil fazendo esse trabalho. E tem uma ideia de recuperar esses recipientes, não jogar fora, reutilizar esse materiais."

Leo, que hoje mora no Quênia, colecionou os potinhos utilizados na instalação quando morava em Portugal. A intenção de questionar o consumo e descartabilidade também faz parte do trabalho. A artista revela que, desde muito jovem, carrega a preocupação com o meio ambiente.

Serviço

In vitro

Exposição de Leo Coimbra.

Visitação até 17 de março, de terça a domingo, das 9h às 18h30, no Museu Nacional da República Sala 2.