Quando decide pintar uma paisagem urbana, Paulino Aversa costuma fazer desenhos antes dar início aos trabalhos com tinta, tela e pincel. Faz inúmeros pequenos esboços, de cor ou baseado em fotografias. Às vezes, o desenho nasce da observação direta da paisagem. São esses esboços que ele apresenta em Sketches, em cartaz na Galeria Baixo Cobogó.

No total, o artista reuniu 20 desenhos produzidos ao longo dos últimos 30 anos e montados em caixas-objetos tridimensionais para dar uma noção de escala. "Trabalho dessa forma mesmo", avisa Aversa "Sempre desenho em bico de pena, por isso tem uma unidade. E faço sempre pequeno, quase do tamanho de uma foto, e depois aplico a cor. Depois, esses desenhos dão origem às pinturas."

Brasília é sempre o tema do trabalho do artista. As paisagens urbanas da capital fornecem material inesgotável há mais de três décadas. Pintar a cidade é fruto de uma escolha deliberada e sentimental: o pai de Aversa trabalhou na construção da capital e costumava levar o filho para as obras. As lembranças da cidade foram construídas ao mesmo tempo que a cidade saía do papel e tomava forma concreta.

Exposição de Paulino Aversa. Visitação até 14 de julho, de segunda a quarta, e sexta, das 14h às 20h. Quinta, das 14h às 21h e sábado, das 14h às 20h, na Galeria Baixo Cobogó (SCRN 704/705 bloco E lojas 51/56)