Festival Internacional de Dança Contemporânea movimenta o CCBB
O evento traz para Brasília espetáculos de artistas com diferentes vertentes da arte
Roberta Pinheiro
Publicação:06/09/2019 06:01Atualização: 05/09/2019 18:57
Nesta sexta-feira (6/9), a abertura fica por conta da bailarina e sócia-fundadora da Referência em Arte, Renata Versiani. Mesclando sua formação clássica com a liberdade da dança contemporânea, ela dança a poesia de Manoel de Barros em O azul do céu me indetermina, com coreografia de Flávia Tápias. Nas palavras da bailarina, os conflitos humanos se transformam em poesia. "Forma de acessibilizar a arte e a dança, principalmente, que é o mover, superimportante para todo o ser humano. Dá um acesso mais rápido e mais direto ao público. Além de criar propostas de fruição da paisagem urbana", comenta Renata sobre o Dança em Trânsito.
A evento também ocupa a área externa do CCBB
Um presente para Brasília. Assim Giselle Tápias define a curadoria do Dança em Trânsito 2019, XVII Festival Internacional de Dança Contemporânea, que ocupa o teatro I e a área externa do Centro Cultural Banco do Brasil (CCBB). Até sábado (7/9), espetáculos de artistas nacionais e internacionais revelam a potencialidade artística e corporal da dança.
Criado em 2002 no Rio de Janeiro, o evento cresceu e, hoje, percorre diferentes cidades com o objetivo de valorizar, promover e democratizar a dança. Além do intercâmbio entre os artistas, o festival é itinerante, percorrendo de metrópoles a pequenas cidades, e ultrapassa os limites dos espaços comumente reservados à dança. "A ideia é trazer essa expressão artística para onde o povo está", resume Giselle.
Nesta sexta-feira (6/9), a abertura fica por conta da bailarina e sócia-fundadora da Referência em Arte, Renata Versiani. Mesclando sua formação clássica com a liberdade da dança contemporânea, ela dança a poesia de Manoel de Barros em O azul do céu me indetermina, com coreografia de Flávia Tápias. Nas palavras da bailarina, os conflitos humanos se transformam em poesia. "Forma de acessibilizar a arte e a dança, principalmente, que é o mover, superimportante para todo o ser humano. Dá um acesso mais rápido e mais direto ao público. Além de criar propostas de fruição da paisagem urbana", comenta Renata sobre o Dança em Trânsito.
Em seguida, é a vez da brasileira Denise Namura e do alemão Michael Bugdahn, da Cie. à fleur de peau. Com humor, um toque de ironia e misturando dança, mímica e teatro, o duo questiona sobre o silêncio na sociedade moderna em Un ange passe-passe ou entre les lignes il y a un monde, que significa "passou um anjo ou nas entrelinhas tem um mundo". "Nossos espetáculos são muito acessíveis a todo tipo de público, permitindo a cada pessoa uma leitura própria. São temas e maneiras de tratar os temas que trazem uma identificação com situações do cotidiano, então a interação não será nunca física, mas emocional e por identificação", explica Bugdahn.
No sábado, o carioca Grupo Tápias, apresenta o infantil Creme do Céu, sobre a queda acidental de uma estrela na Terra. Outro destaque apontado pela curadora é o trabalho do baiano João Neto. Em Bolero de 4, ele propõe um diálogo entre a dança contemporânea e as técnicas esportivas de bicicleta BMX. "São apresentações inéditas", resume Giselle.
Serviço
Dança em Trânsito, Festival Internacional de Dança Contemporânea
Teatro e área externa do Centro Cultural Banco do Brasil (SCES, Tc. 2). Programação até sábado (7/9). Verifique horários e preços dos espetáculos no site oficial do evento: www.dancaemtransito.com.br.