Mariana Dap nem lembra mais quando começou a rabiscar flores em pedaços de papel, mas sabe que o hábito se tornou algo maior desde que começou a trabalhar com as plantas na Pequena Macondo, viveiro que mantém no quintal de casa, no Guará. Nos últimos anos, os rabiscos viraram desenhos e pinturas realizados com tinta acrílica de parede cujas cores são feitas pela própria artista, que apresenta um conjunto de 25 obras, pela primeira vez.

Em cartaz a partir desta sexta (11/10) na Galeria Baixo Cobogó, As cores das flores que não existem são invenções coloridas e divertidas que só brotam na cabeça da artista. “Tem a inspiração do meu quintal, do trabalho que tenho com plantas, mas também da geometria dos anos 1960”, avisa a artista. “Acho que nasci na época errada, porque acho tudo da década de 1960 lindo, até o que era comum e barato era lindo. É uma época que tem muito desenho em tudo, em vários segmentos. É uma década esteticamente completa. Me encanta bastante.”

As cores utilizadas nas pinturas-desenhos são inventadas pela própria Mariana porque ela acha que há pouquíssimas cores disponíveis. “Só tem variações de uma quantidade básica”, lamenta. Ela começou a produzir a própria cartela depois que notou que ficaria muito caro se começasse a comprar todo o leque das tintas que queria. “Depois, virou uma parte do trabalho, uma solução que virou uma satisfação”, conta.

Galeria Baixo Cobogó (704/705 Norte, Bl. E, lj. 51/56). Exposição de Mariana Dap. Abertura nesta sexta, às 18h. Visitação até 19 de outubro, de segunda a quarta, e sexta, das 14h às 20h, e quinta, das 14h às 21h, e sábado, das 14h às 20h.