Espetáculo teatral discute a masculinidade na infância e na vida adulta
'Todo mundo perde alguma coisa aos 8 anos', do grupo brasiliense Tripé, está em cartaz este fim de semana no Espaço Cultural Renato Russo
Pedro Ibarra* - **
Publicação:18/10/2019 06:08Atualização: 17/10/2019 18:57
'Todo mundo perde alguma coisa aos 8 anos' está em cartaz no Espaço Cultural Renato Russo
A história de seis meninos que se encontram para uma festa do pijama como forma de discussão da masculinidade e da infância na sociedade atual é o mote do espetáculo Todo mundo perde alguma coisa aos 8 anos, do grupo brasiliense Tripé. A peça estará em cartaz nesta sexta-feira (18/10), sábado (19/10) e domingo (20/10) no Espaço Cultural Renato Russo.
Esta é a segunda temporada do espetáculo, mas, segundo o diretor, Gustavo Haeser, tudo mudou. “O elenco mudou, as realidades mudaram, o país mudou” disse o membro cofundador do grupo Tripé. Sobre as novas caras da peça ainda afirmou “temos um homem trans (Caetano Villaça) com a gente, o que fez com que adentrássemos em novos e mais complexos diálogos sobre os dilemas das masculinidades”.
O grupo entrevistou mais de 200 homens para desenvolver o texto que será apresentado. “É uma forma de começar a buscar soluções para o que tem sido representado simbolicamente enquanto masculinidade e seus efeitos na sociedade” afirmou Caetano Villaça, ator do elenco, para o Correio.
Para Villaça, a ideia vai muito além de uma apresentação teatral “Precisamos parar de ser meninos brincando de guerra destruindo tudo o que está ao nosso redor e começarmos a redefinir o que é ser homem”. O ator pontua a importância do tema “Falar sobre masculinidade não somente é uma questão de sobrevivência como uma micropolítica de reparação”.
Serviço
Todo mundo perde alguma coisa aos 8 anos
No Espaço Cultural Renato Russo (508 sul, Bl. A, lj. 72). Nesta sexta-feira (18/10) e sábado (19/10), às 20h, e domingo (20/10), às 19h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia), à venda no local. Não recomendado para menores de 18 anos.
*Estagiário sob a supervisão de Igor Silveira