Brasília-DF,
30/OUT/2024

'Vamos comprar um poeta' fecha trilogia da diretora carioca Duda Maia

De maneira lúdica e divertida, espetáculo trata do valor do artista que habita em cada ser humano, especialmente nas crianças

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Roberta Pinheiro Publicação:13/12/2019 06:03Atualização:13/12/2019 13:04
'Vamos comprar um poeta' é inspirado no livro homônimo de Afonso Cruz (Renato Mangolin/Divulgação)
'Vamos comprar um poeta' é inspirado no livro homônimo de Afonso Cruz

 
Os protagonistas desta história resolveram ter um poeta. Nada de animal de estimação, cachorro, gato ou hamster. A família do espetáculo Vamos comprar um poeta, inspirado no livro homônimo de Afonso Cruz, decidiu acolher um artista. Com as palavras, a arte que encontra em todos os lugares e os abraços, o novo morador transforma a estrutura daquela casa e evidencia o poder da cultura no dia a dia.

A peça é a última parte da trilogia Três Histórias de Amor para Crianças, composta também pelos premiados musicais A Gaiola e Contos Partidos de Amor. Ela conta a história desse lar onde moram um pai, que só pensa em ganhar dinheiro; uma mãe, que organiza todos os dias os trabalhos domésticos; uma menina esperta e curiosa que gosta de entender o significado das coisas; e um menino, que adora fazer contas. São as crianças que conduzem a narrativa e apresentam ao público o tal poeta. Juntos, descobrem um outro mundo.

“É um lugar que é onírico, é poético, uma forma mais bela de ver o mundo e poder transformar o dia a dia de uma família. Como é uma família que sempre pensa no que é produtivo, o artista parte dessa ideia de que a ciência é criação, é criatividade. Essa arte é economia e gera emprego. Ele junta a ideia de economia e cultura e conta história com poesia, fala de abraço e borboleta. Revela que criação não é só coisa de artista, mas de qualquer pessoa, mostra esse lugar de um artista que vai além da profissão e que acho muito importante”, explica a diretora Duda Maia.

No palco, gangorras e um universo musical transformam o cenário em brincadeira mesmo quando o assunto é delicado e sério. “Busco fazer um trabalho que aproxime os adultos desse universo mais lúdico, assim como provoque a criança para que faça reflexões e que possa conversar com os adultos depois”, comenta Duda. Com um trabalho físico e corporal com os atores, a diretora desenha um espetáculo dinâmico, bem-humorado e que convida a criança ao diálogo, à reflexão. “Ela tem um olhar mais criativo, mais livre, vê coisas que eu não pensei, presta atenção em detalhes. É mais interessante pelo olhar delas do que a partir da minha própria criação”, finaliza.

Serviço
Vamos comprar um poeta
No Centro Cultural Banco do Brasil. Até 22 de dezembro; e de 2 a 12 de janeiro de 2020; de quinta a domingo, sempre às 16h. Ingressos: R$ 30 (inteira) e R$ 15 (meia-entrada). À venda na bilheteria do CCBB, de terça a domingo das 9h às 21h, ou no site eventim.com.br. Livre para todos os públicos.

Tags: teatro

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