Brasília-DF,
22/OUT/2024

Obra de Luiz Dolino é exposta na Referência Galeria de Arte

O artista plástico Luiz Dolino leva obras à Referência Galeria de Arte preparadas por ele na última década

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Nahima Maciel Publicação:31/01/2020 06:01Atualização:31/01/2020 11:25
A exposição fica em cartaz até 29 de fevereiro ( Luiz Dolino/Divulgacao)
A exposição fica em cartaz até 29 de fevereiro

 
A abstração geométrica é uma gramática que o artista plástico Luiz Dolino exercita há mais de cinco décadas e na qual sempre encontra um novo vocabulário. Essa prática é o fio condutor de Agora e antes, exposição na Referência Galeria com 10 obras realizadas pelo artista na última década. Junto com a mostra, Dolino lança também um livro com mesmo título no qual sua trajetória ganhou revisão crítica de nomes como Frederico Morais, Nélida Piñon e Ana Luisa Marinho. “A exposição, como diz o título do livro, tem o que eu estou fazendo de mais recente, mas tem coisas um pouco mais antigas, de 10 anos”, diz o artista que, há exatos 10 anos, realizou outra exposição na galeria brasiliense. “Peguei três obras das décadas de 2010 a 2020 e outras recentes: o espírito da curadoria é fazer uma revisão do que trabalhei nesses 10 anos.”

A abstração geométrica sempre foi a tônica da produção de Dolinssso. Com o também artista Rubem Valentim, ele compreendeu a necessidade de desenvolver uma linguagem própria. Dolino conheceu Valentim em Brasília, onde morou no início da década de 1970. “Ele insistia muito num ponto importante da minha formação: é preciso ter uma linguagem própria, estabelecer uma gramática própria. E isso foi fundamental para mim. Claro que as cores de uma linguagem geométrica me privilegiam muito, mas outro prazer que tenho é o da música”, avisa o artista.

A obra de Dolino sempre dialogou muito com a música e é nessa arte que ele encontra a analogia para falar da própria trajetória. Há cerca de uma década, o artista explica que estava mais envolvido com uma pintura estruturada como a música de câmara, com obras “mais curtas e íntimas”. As obras recentes são, segundo ele, mais orquestrais. Como os longos movimentos de uma sinfonia, as pinturas ganharam dimensões maiores e gestos mais amplos. Mas a abstração geométrica continua a perpassar todas elas. “Encontro nessa linguagem ainda muito a dizer. Comparo com um escritor que escreve em português: ele escreverá sempre em português e eu também pintarei, até o fim da vida, dentro de um cânone, de uma linguagem geométrica. A gramática permanece”, garante.

Serviço
Agora e antes
Exposição de Luiz Dolino. Visitação até 29 de fevereiro, na Referência Galeria de Arte (202 Norte, Bl. B, lj. 11).

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